Entre os dias 10 e 11 de abril, as Comissões de Saúde Pública Veterinária, Saúde Animal, Clínicos de Pequenos Animais e Bem-estar Animal do CRMV-SP, realizaram uma reunião para a discussão da Esporotricose – zoonose emergente causada por fungos, cuja maior fonte de infecção é o gato.
Como o tema ainda é pouco conhecido dos médicos veterinários que atuam na área de saúde pública, a proposta do encontro foi a de reunir especialistas como veterinários, biólogos e médicos de diversos órgãos expressivos neste segmento, como a USP, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/ RJ), Centro de Controle de Zoonose (CCZ) de São Paulo e Guarulhos, Coordenação de Vigilância em Saúde (COVISA/ SP), Unidade de Vigilância e Fiscalização Sanitária do Rio de Janeiro, Instituto Pasteur e Hospital Emílio Ribas.
Durante os dois dias, foi feita uma análise do cenário da Esporotricose na região Sudeste do País e discutidas propostas de estruturação de um programa de controle da doença, considerando parcerias entre clínicos e serviços públicos de saúde, além de encaminhamento à Secretaria de Saúde do Estado e outros órgãos de interesse.
Para o médico veterinário do Laboratório de Pesquisa Clínica em Dermatozoonoses em Animais Domésticos (IPEC/ Fiocruz), Sandro Antonio Pereira, a iniciativa de reunir profissionais de diversas áreas para discutirem sobre a doença é muito válida. “Quanto mais informações tivermos a respeito da Esporotricose, maior será o controle dessa zoonose e, assim, poderemos evitar a sua expansão geográfica”, afirma.
A Fiocruz tem registrado 4.000 casos da zoonose em felinos e cerca de 200 em cães, no Rio de Janeiro, que apresenta a situação de endemia há 14 anos. Em São Paulo, há a ocorrência de casos pontuais.