Passado um ano do reconhecimento dos Programas de Residência em Medicina Veterinária pelo Ministério da Educação (MEC), o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) preocupou-se em reunir e esclarecer as dúvidas dos coordenadores de curso sobre o cadastramento, reconhecimento e o perfil dos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde, nos quais também está inserida a Medicina Veterinária. Em parceria com o MEC, os debaes foram realizados durante o IV Seminário Brasileiro de Residência em Medicina Veterinária, nos dias 20 e 21 de maio, em São Paulo, SP.

“O Seminário foi um importante momento para entender a prática da Residência Multiprofissional em Saúde, com debates sobre as formas de financiamento, oportunidades para acadêmicos e, principalmente, abertura do MEC para aceitar contribuições”, avaliou o Presidente do CFMV, Benedito Fortes de Arruda, lembrando que o CFMV foi a primeira instituição a reconhecer a existência dos Programas de Residência em Medicina Veterinária.

O esforço do Conselho foi reconhecido pela representante da equipe técnica da Coordenação da área no MEC, Nina Flávia de Almeida Amorim, ao afirmar que a Medicina Veterinária está à frente, já que existem diretrizes e parâmetros (áreas e subáreas) já definidas, as quais podem embasar as definições do MEC.

Além disso, ela enfatizou que “a residência é de interesse do atual governo federal”. Dentre as justificativas está a fixação do profissional e a eficácia do modelo de formação. Prova do interesse também é o orçamento destinado ao setor que ultrapassa os R$ 400 milhões apenas para bolsas. O número de bolsas financiadas passou de 500 em 2010 para 3.295 neste ano.

Atualmente, estão cadastrados no MEC 203 programas de residência multiprofissional da saúde e 328 em área profissional da saúde. Outros 237 estão em fase de elaboração. Do total de cadastrados, 171 programas são de Medicina Veterinária, com maior concentração em Minas Gerais, Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul.