Os pinguins que chegam à costa do Espírito Santo agora terão um novo local para se recuperarem do cansaço e de possíveis ferimentos até que possam retornar ao seu habitat natural. Foi inaugurado, na sexta-feira (28/06), o primeiro Centro de Reabilitação de Animais Marinhos do Estado. O evento de estreia ocorreu no Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), no Jardim América, Cariacica, onde está localizado o Centro.
O Centro de Reabilitação é de responsabilidade da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), e do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram). Em 2012, a recuperação dos pinguins foi feita no mesmo lugar, porém o espaço foi ampliado e sua infraestrutura melhorada. Em 2013, até o momento, o Centro de Reabilitação não recebeu nenhum animal. Isso porque é no mês de julho que as aves começam a ser encontradas nas praias capixabas.
O local não será aberto para visitação pública, a fim de que o tratamento e os cuidados com os animais sejam prioridade. A reabilitação dos pinguins é realizada no Estado desde 2010 pelo Ipram e pelo Iema e mais de 500 aves já foram reabilitadas. A iniciativa conta com o apoio do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) por meio do Projeto de Monitoramento de Praia. Esse projeto estabelece que as condicionantes ambientais de empresas de exploração de petróleo sejam direcionadas para a reabilitação de animais encontrados no litoral do Espírito Santo e Norte do Rio de Janeiro.
Pinguins de Magalhães no ES – Os pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicu) possuem colônias na Patagônia do Chile e da Argentina e se alimentam, principalmente, de peixes como anchova e sardinha. Durante o inverno, sobem a costa do Atlântico em direção ao Norte, seguindo as correntes marinhas em busca de alimento.
Até chegarem ao Espírito Santo, eles percorrem mais de 3,5 mil quilômetros. Os animais encalham nas praias quando não acham comida. Nesta situação, encontram-se fracos e debilitados, alguns até machucados. Durante a fase de recuperação, cada um deles consume, aproximadamente, um quilo de peixe por dia, além de medicamentos como antibióticos e fungicidas. Após a recuperação, são soltos em alto mar, o que normalmente ocorre no município de Anchieta.
Fonte: Notícia Animal