Desde o início de 2013, a equipe do Programa Estadual de Sanidade Ovina e Doenças Parasitárias da Secretaria Agricultura (Seapa) tratou 52,8 mil ovinos nas regiões da Campanha e Fronteira, no Oeste do Estado. Destes, a maioria, 31.200, estava em propriedades de Santana do Livramento. Nesses locais, foram constatados os maiores focos do parasita. O tratamento ocorreu em três estágios, sendo o segundo com intervalo de sete dias, totalizando 105,6 mil, uma vez que os mesmos animais foram atendidos duas vezes.
Do total, pelo menos 20 mil pertenciam às propriedades com o foco. Segundo relatório final do trabalho enviado pelos técnicos da Seapa, entre as etapas de tratamento e revisão, com dois meses de intervalo entre elas, houve 100% de cura. Novos focos estão surgindo, conforme o documento. “Mas estão sendo facilmente controlados, pois não envolvem muitos animais. O trabalho de vigilância ativa deve prosseguir para não corrermos risco de enfrentar novos grandes focos no futuro”, recomenda o fiscal estadual agropecuário, Ivo Junior.
Sarna
A sarna é uma doença causada por um ectoparasita (parasita de peles, externo) originado do ácaro Psoroptes ovis, que provoca coceira intensa no momento em que perfura a pele dos ovinos para se alimentar de soro. Normalmente, leva à diminuição do apetite e, consequentemente, à baixa dos índices produtivos dos animais.
Provoca enfraquecimento e queda da lã, feridas na pele e é extremamente contagiosa. Não raramente causa a morte. É uma doença de notificação obrigatória e deve ser comunicada às Inspetorias de Defesa Agropecuária sempre que se verificar lãs nas cercas, animais se coçando (movimento de pedalar), esfregando-se em paredes e cercas, lambendo e puxando a lã nos flancos, perda de lã e feridas em forma de crostas secas e úmidas.
Fonte: Newsletter Farmpoint