PETSA 2016: Especialista fala sobre a importância do médico-veterinário na prevenção das zoonoses

Raiva, sarna, leptospirose e febre amarela silvestre são algumas das doenças típicas de animais que podem ser transmitidas para seres humanos, e vice e versa, conhecidas como zoonoses. Os agentes que causam essas enfermidades podem ser diversos: vírus, bactérias, protozoários e vermes.

Os principais animais que transmitem essas doenças aos homens são cachorros, gatos, morcegos, ratos, aves e insetos. Por isso, é muito importante que as pessoas que possuem bichinhos de estimação levem-os com freqüência ao veterinário. “As zoonoses representam 62% das doenças de notificação compulsória (aquelas que exigem comunicação imediata às autoridades de saúde pública) e 70% das enfermidades emergentes dos últimos vinte anos, com 60% das origens dos patógenos conhecidos e identificados”, disse o médico-veterinário e presidente da Comissão de Políticas Públicas do CRMV-SP, Carlos Augusto Donini.

Comum em cães e gatos, a zoonose giardíase, tem se propagado em parques públicos, praças, gatis e canis. A contaminação ocorre através de cistos do protozoário, eliminados em fezes de animais infectados e que podem contaminar verduras, frutas e água. “É importante que o médico-veterinário compreenda o tamanho de sua responsabilidade profissional, social e sanitária. É ele quem deve esclarecer, analisar e intervir efetivamente na prevenção, promoção e aprimoramento da saúde animal e humana”, destacou.

No meio urbano, os ratos são os principais transmissores da leptospirose e a contaminação pode ocorrer através de contato direto ou indireto com a urina do animal infectado, uma preocupação constante em locais onde ocorrem enchentes. Donini também falou sobre a raiva, doença viral encontrada geralmente em morcegos hematófagos, cuja transmissão ocorre do bicho infectado para o homem por meio da saliva e arranhões.

Durante a palestra “Como lidar com zoonoses no estabelecimento veterinário: da prevenção ao tratamento”, o médico-veterinário ressaltou os desafios para evitar a transmissão das zoonoses e do papel do profissional em alertar a sociedade sobre a importância da mudança de comportamento. Pequenas atitudes como recolher e enterrar as fezes dos animais de estimação pode evitar que muitas doenças se propaguem.

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