Valinhos confirma 16 casos de leishmaniose canina e tem 114 em investigação

Valinhos (SP) confirmou na tarde desta quarta-feira (21) os registros de 16 casos de leishmaniose visceral canina que resultaram em cinco mortes. O primeiro, segundo a assessoria da Prefeitura, ocorreu em maio e há 114 animais em apuração. Não há prazo para divulgação dos resultados.

Entre todas as mortes contabilizadas, uma foi após eutanásia em virtude de “estado avançado de sofrimento”, informou o governo municipal. Seis animais dependem de avaliações para saber se há condições para tratamento, enquanto outros cinco estão bem e receberam cuidados necessários.

A doença

A enfermidade é causada por um protozoário transmitido por meio de picada da fêmea do mosquito-palha infectado – Lutzomyia longipalpis. A espécie também ataca humanos e a doença pode levar à morte em 90% dos casos, quando não é tratada, informou a administração.

Por enquanto, destacou o governo, não há casos suspeitos de moradores com a doença.

Contaminações

De acordo com o governo, as contaminações dos animais ocorreram em três regiões do município.

“Segundo os médicos veterinários, o primeiro caso de Leishmaniose Visceral canina foi registrado em maio, no Jardim Paraná, a partir de notificação de uma clínica veterinária particular. Logo após, outros casos foram confirmados nos bairros Nova Suíça e Clube de Campo”, diz nota.

Sintomas e tratamento

Entre os principais sintomas provocados pela doença em humanos, informou a assessoria da Prefeitura, estão febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso e fraqueza.

Já em cães, ela também causa a perda de peso, queda de pelos, lesão nos olhos, crescimento e deformação das unhas, além de paralisia das pernas e desnutrição.

“Um ou mais desses sintomas podem começar a se manifestar em até dois anos, porém, mesmo sem a manifestação da doença o cão infectado pode transmitir o protozoário ao mosquito, porque fica alojado mais em nível cutâneo. Já em humano a transmissão não é registrada, pois a doença acomete mais as vísceras”, informa texto da assessoria.

Prevenção

A recomendação da Prefeitura é para que os moradores mantenham as áreas ao redor da casa e pé das árvores limpos e com espaço para passagem de luz solar no solo. “O mosquito se reproduz em matéria orgânica em decomposição, como montes de folhas, restos de grama e de poda de árvores deixados em lugares úmidos e sombreados”, informa texto da administração municipal.

Ainda de acordo com o governo, é recomendada colocação de telas nas portas, janelas e abrigo dos cães para impedir entrada do mosquito, que tem hábito noturno. Além disso, os moradores devem usar repelentes, camisa de manga comprida e calça durante trabalhos ao redor dos imóveis, e colocar nos cães coleira que funcione como repelente para o mosquito-palha.

Explicações

A administração informou que a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) registra, desde 2013, a presença do mosquito vetor no município. A suspeita é de que a chegada de um cão contaminado em área endêmica tenha possibilitado a proliferação da enfermidade.

“Pelo protocolo de controle da doença, para cada caso positivo devem-se investigar outros 100 cães que vivem nas proximidades”, diz nota da assessoria. A Prefeitura destacou que o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) faz gratuitamente a coleta de exame para investigação da leishmaniose visceral. O material é levado para o Instituto Adolfo Lutz e os resultados costumam levar 15 dias.

Os interessados devem fazer o agendamento pelos telefones (19) 3829-1252 ou 3829-2197.

Fonte: Portal G1.

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