A Vigilância Epidemiológica Municipal (VEM) de Presidente Prudente encaminhou ofício ao Parque Ecológico da Cidade da Criança, bem como a outros órgãos, como a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a Polícia Militar Ambiental, com orientações sobre como proceder no caso de localização de macacos mortos. O alerta, conforme o G1 apurou nesta sexta-feira (10), ocorre devido aos casos suspeitos e confirmados de febre amarela no Estado de São Paulo, que já ocasionaram o fechamento de 16 parques ecológicos.
Atendendo a uma orientação do Ministério da Saúde, a VEM encaminhou o ofício, em que orienta sobre como proceder caso encontrem macacos mortos: comunicar imediatamente a Vigilância Epidemiológica, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) ou a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) para que sejam feitos o recolhimento e a autópsia do animal, entre outras medidas previstas em protocolo.
A mesma orientação é válida para qualquer cidadão que se deparar com macacos mortos.
Paralelamente, a VEM também checou a carteira de vacinação de funcionários da Cidade da Criança, que estão em contato direto com macacos, para verificar se todos já foram imunizados contra a febre amarela.
“A vigilância esclarece que a vacina para febre amarela é aplicada gratuitamente nas unidades básicas de saúde, sendo necessário tomar apenas uma dose durante toda a vida. Desde 1985, não há registro de casos de febre amarela em Presidente Prudente”, informou ao G1.
Comportamento
A Cidade da Criança possui uma extensa área de Mata Atlântica preservada, que abriga macacos-prego nativos da região. Não há um número exato de animais que vivem no espaço, entretanto, o zoológico do Parque Ecológico mantém um apenas um bugio, chamado Remi, que recebe cuidados veterinários para evitar qualquer tipo de doença.
Recentemente, segundo declarou a Cidade da Criança ao G1, dirigentes da Vigilância Epidemiologia e da Sucen estiveram no parque, onde em reunião com a administração solicitaram que, caso algum macaco seja encontrado morto, sem sinais de atropelamento ou ferimentos graves, o animal deve ser encaminhado para análises para serem tomadas as devidas ações caso algum risco à população seja identificado.
Segundo declaração ao G1, foi afirmado que funcionários da Cidade da Criança observam se há alguma alteração no comportamento dos animais de natureza livre, como os macacos-prego, além de realizarem ações de combate a criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da febre amarela.
Parques fechados
Na sexta-feira (10), foi anunciado pelo secretário de Saúde do Estado de São Paulo, David Uip, o fechamento do Parque Ecológico do Tietê, na zona leste da capital paulista. A situação será temporária e foi efetivada nesta manhã após amostras confirmarem um macaco morto no parque com febre amarela. Segundo Uip, “o macaco morto era oriundo de Cajamar”.
Com o fechamento do Parque Ecológico do Tietê, o Estado soma 16 parque fechados devido à prevenção da doença.
Texto: Portal G1.