Em países de clima tropical, a produção de frangos de corte sofre com um fator determinante para o bom rendimento de carne. As elevadas temperaturas durante o alto verão podem ser prejudiciais aos animais com mais de 21 dias de idade, sensíveis às variações de calor e umidade.
O estresse calorífico diminui o consumo de ração e faz com que as aves desperdicem parte da energia que deveria ser usada no ganho de peso para dissipar o excesso de aquecimento corporal.
De acordo com a gerente técnica para avicultura da Phibro, Maria Aparecida Melo de Almeida, a temperatura ideal para as criações depende da idade dos frangos. Ela explica que, por ser homeotérmica, a ave exige, à medida que vai crescendo, cada vez menos calor. Portanto, em seu primeiro dia de alojamento, o animal jovem se sente confortável aos 32°C, enquanto aquele que está próximo da fase de abate, aos 21°C. As condições apropriadas são alcançadas com o uso de equipamentos como ventiladores, nebulizadores e, no caso de galpões climatizados, coolers ou exaustores.
“Na tentativa de compensar o calor excessivo, os animais têm uma série de mecanismos responsáveis por desviar a energia fundamental para o ganho de peso. Com isso, o avicultor terá um lote com menor produtividade. Em primeiro lugar, os cuidados com a alimentação são muito importantes. As dietas devem ser ajustadas quanto aos níveis energéticos, de proteínas e de aminoácidos. A ambiência do galpão se reflete no consumo da ração. A água oferecida nos bebedouros também é motivo de preocupação, pois deve estar sempre fresca e protegida da radiação solar para ajudar a eliminar o calor corpóreo”, destaca a gerente técnica.
Outro aspecto apontado por ela é a limpeza dos criadouros. A desinfecção é importante, bem como o vazio sanitário do alojamento entre os lotes durante 15 dias. Maria Aparecida ressalta ainda que os animais selecionados geneticamente têm metabolismo intenso, o que gera maior produção de calor. Por isso, os locais de criação devem oferecer ambientes termoneutros para evitar prejuízos.
Fonte: Portal do Agronegócio (acessado em 14/01/11)