Depois de um mês em que uma infestação de carrapatos obrigou a USP a interditar as áreas ao redor do lago, a universidade começa o trabalho de dedetização dos locais atingidos pelos parasitas. Os produtos começam a ser aplicados nesta sexta-feira (21), mas não há previsão sobre quando as atividades na pista e no Centro de Educação Física e Esportes (Cefer) serão liberadas.
Segundo a assessoria de imprensa da USP, após a dedetização, será feito um levantamento da situação da infestação para então decidir se as atividades no CEFER, que incluem a pista de atletismo e a academia, serão liberadas. A identificação de ninhos de abelhas, usados para pesquisa no Campus e que podem ser prejudicados pelos produtos aplicados, atrasou os trabalhos.
Enquanto o problema não é resolvido, o treinador de atletismo Daniel Francisco foi obrigado a levar os atletas que treina para a Cava do Bosque. “É difícil, atrapalha um pouco os alunos. Nós estamos com quatro atletas que foram convocados para representar a USP na Competição Unisinos neste final de semana em São Leopoldo (RS) e, para não ficarem parados, estão treinando na Cava”, diz.
O combate da infestação será feito pelos funcionários do Campus utilizando técnicas e produtos indicados em treinamento pelo professor da Esalq Carlos Perez, que coordenou o projeto. Não há previsão de remoção das capivaras, principal hospedeiro dos carrapatos.
A assessoria da universidade também informou que as aulas do curso de Biologia estão acontecendo normalmente, apenas com orientações especiais para os alunos. Outras atividades acadêmicas não estão sendo prejudicadas com as interdições.
Segundo o médico veterinário Marcus Rezende, as estações da primavera e verão são mais propícias para a proliferação desses carrapatos, que apresentam alta fertilidade. “Esse carrapato põe de cinco a sete mil ovos viáveis. É muito mais fértil que os encontrados nos bovinos”, relata.
Até agora não foi registrado no Campus nenhum caso de febre maculosa, doença que, se não tratada rapidamente, pode levar à morte.
O caso
Em setembro, a Coordenadoria da USP interditou toda a área de vegetação ao redor do lago do Campus por causa da infestação de carrapatos tipo estrela. A pista de atletismo teve de ser fechada e várias atividades suspensas como aulas da Faculdade de Biologia e a tradicional Feira da Sucata. A preocupação era com a febre maculosa.
Infestação no Parque Maurílio Biagi
Em agosto, a prefeitura de Ribeirão Preto chegou a fechar o parque Maurílio Biagi por causa de uma infestação de carrapatos-estrela. O problema já foi solucionado e o lugar, liberado ao público.
Fonte: EPTV (acessado em 20/10/2011)