Os pingüins-imperadores correm o
risco de extinção antes do fim do século, pelo menos em alguns dos seus
habitats, por causa do aquecimento global, revela um estudo divulgado nesta terça-feira,
nos EUA.
Se o aquecimento global continuar a derreter as geleiras no ritmo previsto,
de acordo com o último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança
Climática (IPCC) das Nações Unidas, a população de uma grande colônia de
pingüins-imperadores
Terra Adélia
3.000para cerca de 400 casais capazes de se reproduzir, alertam os
pesquisadores.
Segundo diferentes modelos matemáticos usados por cientistas e baseados em
dados históricos quem remontam aos anos 1960, há pelo menos 40% de
probabilidades de que essa população sofra uma diminuição drástica de pelo
menos 95%, ou mais.
Essa redução dramática na quantidade de pingüins nessa área significaria,
para eles um grande período de extinção, afirma Stephanie
Jenouvrier, do Instituto de Pesquisa americano
Woods Hole Oceanographic,
umas das autores desse estudo publicado na última
edição dos Anais da Academia Nacional Americana das Ciências (PNAS).
O trabalho se baseia nas flutuações climáticas que reduzem as superfícies das
geleiras, explica Hal Caswell, outro autor da
pesquisa, acrescentado que essas variações serão cada vez mais freqüentes,
devido ao aquecimento global, nos próximos 100 anos.
Os bancos de gelo desempenham um papel essencial no ecossistema antártico, já
que é o lugar onde os pingüins-imperadores se reproduzem, alimentam-se e
morrem. Também é o local onde se desenvolve o krill, pequenos crustáceos que vivem nas algas e que
alimentam peixes, focas, baleias e pingüins.
Fonte:
Folha Online, acesso em 30/01/2009