Áreas preservadas podem gerar bilhões de reais para o Brasil. É o que aponta uma pesquisa realizada pelo Ministério do Meio Ambiente e pelas Nações Unidas em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica aplicada, o Ipea. O estudo avaliou o potencial econômico de parques nacionais e outras unidades de conservação.
De acordo com a pesquisa, o potencial do retorno financeiro é de R$ 6 bilhões por ano e pode chegar a R$ 10 bilhões até 2016. Mas, para isso, é preciso que investimentos sejam feitos na estrutura das áreas nacionais, estaduais e municipais de proteção à biodiversidade.
“Uma coisa na ordem de R$ 1,8 bilhão durante algum tempinho pra você fazer essa primeira implementação, que é a mais cara. Depois dobrar mais ou menos o orçamento do que já é gasto para que você tenha implementação e manutenção adequada dessas unidades de conservação, para que elas consigam cumprir todos os seus papéis. Então, você tem que ter um investimento em fiscalização, como também a gente chama de implementação, mas para o uso econômico. Para o uso público das unidades de conservação”, avalia o técnico em planejamento e pesquisa do Ipea, Jorge Hargrave.
A estimativa do retorno financeiro do projeto considera os bens e serviços que são ou poderiam ser fornecidos pelas unidades de conservação, como produtos florestais, visitação pública e aluguel do estoque anual de carbono não emitido.
“A perspectiva é de um ponto de vista da sociedade como se pode gerar emprego e renda. Tem diversos usos associados das unidades de conservação que são permitidos pela lei”, afirma Hargrave.
Fonte: Canal Rural (acessado em 17/06/2011)