Arroba do cordeiro segue valorizada no mercado interno

Os criadores de ovinos em geral estão bastante satisfeitos com a atividade, que atravessa um momento promissor no Brasil. O preço em alta da carne e a tendência de aumento do consumo per capita são fatores que contribuem para aumentar esse grau de otimismo. Impulsionado pela elevação dos preços da arroba bovina, bem acima do patamar histórico esperado para esta época do ano, o cordeiro também tem registrado preços crescentes no mercado nacional.

O setor vive ainda a redução do volume de importação de carne ovina do Uruguai, concorrente histórico do produto brasileiro, com redução acumulada de janeiro até outubro deste ano de 35,15%, segundo dados do Instituto Nacional de Carnes (Inac) do Uruguai. “Outra razão para a valorização do preço da carne de cordeiro, que, apesar de estar no início, fará grande diferença para a produção mundial, é o interesse do produtor neozelandês pelo preço do leite bovino, o que está contribuindo para a permuta entre as criações”, afirma a zootecnista Ana Carolina Zara.

Ana Carolina acredita que mesmo com a elevada valorização de mercado, o cordeiro deve continuar presente na ceia de final de ano dos brasileiros. “Nesse período, a tendência natural é aumentar a procura. Mesmo com os preços em alta, não acredito que esse ano será diferente”, ressalta.

Segundo a especialista, diante dessa situação de mercado aquecido, que promete ser promissor também em 2011, o setor de ovinos de corte já começa a se preparar para aumentar o volume de produção e, mais do que isso, para oferecer um produto de qualidade superior ao consumidor, que faça frente ao produtor uruguaio, como meio de alavancar o consumo de carne de cordeiro entre os brasileiros.

Para isso, ela sugere o investimento em genética, sanidade e o planejamento nutricional em todas as etapas da criação como fundamentais. “O adequado manejo nutricional dos ovinos é fundamental para que a carne seja oferecida com qualidade ao consumidor. Para garantir altos índices de fertilidade, o importante é não perder escore corporal”, diz a zootecnista.

A suplementação tem importante papel na manutenção do escore corporal dos ovinos. A correta mineralização implica em ganhos adicionais de peso de até 30%. O correto manejo nutricional também proporciona benefícios à carne. Quando se tem um ganho diário maior, o marmoreio da carne é melhor, garantindo sabor e textura mais agradáveis.

Ovinocultura brasileira

O Brasil ainda apresenta grande possibilidade de crescimento nesse segmento. Segundo dados do IBGE, o rebanho ovino brasileiro está em torno de 16 milhões. O Nordeste detém a maior parte do rebanho ovino brasileiro, 56,4%. Em seguida, está o Sul, com 29,1%. O Sudeste está em quarto, com 4,6%. O País detém menos de 1% da produção mundial de carne ovina, com abate médio anual de 970 mil cabeças.

Fonte: Agrolink (acessado em 06/12/10)

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