Aves voltam à natureza depois de anos em cativeiros clandestinos

Mesmo com a porta da gaiola aberta, eles demoram para sair. Estão tão acostumados a viver com grades que, quando estão prestes a conquistar a liberdade, ficam inseguros. Mas aos poucos arriscam e logo vão para o primeiro voo livre. Assim foi o fim de semana para sete aves em Cerquilho, interior de São Paulo. Por meio do trabalho da ONG ‘Projeto Gaiola Aberta’, uma fêmea de tucanos e seis ara nobilis (espécie conhecida popularmente como maracanã nobre) foram libertados. A ONG trabalha a recuperação de animais silvestres vítimas de maus tratos e contrabando.

O primeiro a deixar o cativeiro foi o tucano, que tem aproximadamente quatro anos. Já as ara nobilis demoraram aproximadamente 40 minutos para voar. De acordo com o biólogo responsável pelo projeto, Antonio Miranda Fernandes, os animais não podem ser retirados com as mãos e soltos. “É preciso deixar a porta aberta e assim, quando eles sentirem segurança, arriscam a saída. Temos que mostrar que eles estarão seguros, por isso temos que respeitar o tempo deles”, explica Antonio.

O biólogo afirma ainda que, após a abertura da gaiola, são espalhados pontos com alimentos na área. É uma forma de garantir a sobrevivência dos animais. “Nesse início eles não vão embora porque não conhecem a área. Então ficam bem próximo de onde foram soltos e ainda encontram comida. Aos poucos vão se distanciando. A cada dia vão mais longe, até conhecer toda a região e achar um bando nativo que os aceite”, afirma.

Após a soltura que ocorreu no início da tarde do sábado, o biólogo conta que um casal de ara nobilis voltou, mas dormiu na árvore onde estava a gaiola. “Mas não entraram mais na gaiola”, comenta.

Já o tucano foi fotografado no dia seguinte em uma bananeira distante há aproximadamente 15 metros do local da soltura.

O projeto é realizado com o apoio de voluntários, entre eles, o caseiro que cuida de aproximadamente 150 aves existentes na sede do projeto. Segundo Antonio, são animais que não têm condições de voltar para a natureza, já que sofreram sequelas durante o período de cativeiro. O gasto médio mensal chega a R$ 7 mil. “Apesar de sermos a única instituição da região reconhecida e com autorização para esse trabalho, não temos apoio do poder público. Para manter os animais, os recursos vêm de amigos e da venda de camisetas com a marca da ONG”, afirma Antonio.

Criado em 2004, o Gaiola Aberta fez a soltura de aproximadamente mil animais, entre répteis, mamíferos e aves.

Fonte: G1 (acessado em 31/01/2012)

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