Na véspera da reunião de cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), empresas brasileiras e chinesas assinaram, nessa quarta-feira, dia 14, contratos no valor total de US$ 432 milhões. Os negócios contemplam investimentos, prestação de serviços, e exportação e importação de produtos. As empresas chinesas fazem parte da comitiva que vai acompanhar o presidente da China, Hu Jintao, que desembarcaria na noite de quarta, no País. A cerimônia de assinatura dos contratos foi realizada em São Paulo e foi acompanhada pelo vice-ministro de Comércio da China, Jiang Yaoping.
O maior negócio foi selado entre a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a CISDI Engenharia, e chegou a US$ 280 milhões. Segundo fontes envolvidas, a empresa chinesa vai fornecer equipamentos para uma nova unidade de produção de aços da CSN. A siderúrgica brasileira não quis comentar o negócio.
“O relacionamento entre Brasil e China está mudando. Não é mais só comércio. Chegou a hora de os investimentos chineses se concretizarem”, afirma o sócio da consultoria Strategus Rodrigo Tavares Maciel. Maciel é ex-diretor executivo do Conselho Empresarial Brasil-China e organizou o evento a pedido do Ministério do Comércio da China.
Nos contratos selados nessa quarta, dois podem ser classificados como investimentos: uma joint-venture entre a Villarejo Artefatos de Couro e a Xiangxing Bag & Luggage, e o estabelecimento de um Centro de Exibição de Commodities do Brasil em Cantão (China) pelas tradings chinesa Jiangmen e brasileira Shengjian. A gigante de telecomunicações chinesa ZTE também se comprometeu a investir US$ 2 milhões em instalações de ensino no Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), sediado em Santa Rita do Sapucaí (MG). Ao redor desse instituto, surgiu um polo de tecnologia. A maior parte dos negócios entre brasileiros e chineses, no entanto, ainda é de exportação e importação.
Fonte: Canal Rural (acessado em 15/04/10)