Brasil terá 1ª lista nacional de espécies invasoras até julho

O Ministério do Meio
Ambiente revelou que o Brasil deve ganhar em no máximo dois meses sua
primeira lista nacional de espécies exóticas invasoras, que não são de origem
brasileira, mas estão presentes em território nacional e representam uma
ameaça a seres vivos naturais do Brasil. Muitas dessas espécies também causam
inúmeros problemas à economia e à saúde pública.
Entre os seres vivos "estrangeiros" que proliferam no país está o
mosquito africano Aedes aegypti,
vetor da dengue, e o mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei), um molusco que incrusta instalações submersas
de usinas hidrelétricas e fábricas, impedindo que funcionem normalmente.
Segundo Bráulio Dias, diretor de Conservação da Biodiversidade do Ministério
do Meio Ambiente, cinco estudos de diagnóstico de espécies exóticas e
invasoras estão em fase de revisão e devem ser publicadas até julho.
Ele estima que o número de espécies na lista seja semelhante ao de uma
relação preliminar de 2006, que listou 543 seres vivos.

Tema novo
A relação nacional deverá ser usada como base para a elaboração de um plano
nacional de combate às espécies exóticas e invasoras, que deve ser lançado no
segundo semestre, disse Dias. "Esse é um tema novo na área ambiental, um
assunto que está crescendo", disse. "Com mais informação
disponível, fica mais fácil a discussão política sobre como lidar com o
problema."
Ele explicou que até agora, o Ministério do Meio Ambiente vinha lidando com
as espécies invasoras individualmente. Mas os problemas aumentaram o que
levou à necessidade de criar a lista.
Pelo menos quatro Estados –Rio, São Paulo, Paraná e Espírito Santo– já tem
listas estaduais, explicou Dias. A do Rio de Janeiro, divulgada em maio,
lista 226 espécies, incluindo a jaqueira e o mico-estrela. Nos mares, a
relação carioca inclui o coral-sol (do gênero Tubastraea),
uma espécie que prolifera com velocidade na região de Ilha Grande, ameaçando
o coral-cérebro (Mussismilia hispida),
uma espécie que, na natureza, só existe na costa brasileira.

Mexilhão-dourado
Uma espécie é
considerada exótica quando é introduzida num habitat que não é o seu
original. Para ser considerada invasora, ela precisa ser capaz de se
reproduzir nesse novo ambiente sem interferência humana, podendo virar uma
praga. Como esses seres vivos não têm predadores naturais na sua nova casa,
podem proliferar livremente, ameaçando outras espécies.
O mexilhão-dourado é uma das espécies "estrangeiras" que mais tem
causado problemas no Brasil. Originário da China, o molusco chegou ao Brasil
na água de lastro de navios e se reproduziu rapidamente, se espalhando por
áreas de água doce e salgada. Nas usinas hidrelétricas, o acúmulo dos mexilhões
em áreas submersas pode até provocar a interrupção da geração de energia. O
problema levou o governo federal a lançar, em 2003, uma força-tarefa para
controlar a disseminação do mexilhão.

Fonte: Folha Online, acesso em 04/06/2009

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