A valorização cada vez maior dos pets pode incomodar muita gente. Afinal, os animais sabem se impor e, às vezes, causam inconvenientes aos vizinhos, até pela falta de atenção ao animal.
No início de março, uma curiosa liminar do Tribunal de Justiça do Estado São Paulo (TJ-SP) manteve a decisão de expulsar um cão barulhento de um apartamento em Araraquara, no interior de São Paulo. O caso, segundo o consultor especializado em condomínios Gabriel Karpat não retrata a forma aconselhada para solucionar problemas envolvendo animais em condomínios.
“A ação processual deve ser o último recurso para a resolução desse tipo de conflito, extremamente comum nos edifícios. O caso deve ter uma conciliação no próprio condomínio. Detalhar no regimento interno certas regras, como a limitação de espaços permitidos aos pets, cuidados em seu transporte e a exigência da limpeza e do bom comportamento animal, e incluir multas e outras sanções é o melhor caminho para ditar a boa convivência entre vizinhos e seus animais de estimação”, explica Karpat.
A promoção de campanhas educativas é uma alternativa que pode ajudar bastante a prevenir brigas entre condôminos. “O síndico, com o auxílio da administradora do condomínio, pode reunir os moradores que possuem animais e trazer um especialista, veterinário ou adestrador, para que os ensinem como treinar seus respectivos bichos de estimação a ter um bom comportamento”, explica.
O especialista relata que o excesso de barulho e de sujeira são as principais queixas dos vizinhos. Os campeões de reclamação são os cachorros, seguidos por pássaros “falantes” como o papagaio e a taquara.
Certos ou errados, os proprietários dos pets devem respeitar os vizinhos, pois, por mais amáveis que alguns bichinhos possam ser, cuidado e boa educação são sempre bem-vindos.
Fonte: Zero Hora (acessado em 31/03/11)