A Vigilância em Saúde de Campinas está em alerta com o crescimento dos casos de raiva animal em morcegos. Dos 13 animais com a doença confirmada capturados em 2010, ao menos metade foi encontrada no distrito de Barão Geraldo, na região norte da cidade. Em anos anteriores, os registros de morcegos com raiva não ultrapassavam sete casos. Provavelmente, o distrito de Barão Geraldo tem apresentado muitos casos porque ainda mistura área urbana com a rural.
De acordo com a diretora da Vigilância em Saúde de Campinas, Maria Filomena de Gouveia Vilela, a população precisa tomar cuidado. “Quando alguém encontra um morcego morto no chão, não deve pegá-lo em hipótese alguma. O correto é isolar a área e chamar o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ)”, explica. A raiva pode ser transmitida ao ser humano por meio de lambida, mordida ou arranhão de animais infectados.
Segundo os especialistas, os morcegos têm vida noturna e se ficam no chão durante o dia, estão doentes. Outra preocupação dos órgãos de saúde são os animais domésticos, como cães e principalmente os gatos, que gostam de brincar com morcegos quando os encontram caídos no chão.
“É preciso ter a posse responsável do animal, não os deixando sair sozinhos e também vaciná-los”, disse Maria Filomena.
Vacina
A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo suspendeu a vacina antirrábica após casos de morte de cães e gatos que receberam a imunização. A vacina é viabilizada pelo Ministério da Saúde.
Campinas tem acatado a decisão da Secretaria de Saúde, mas as autoridades em Saúde alertam que as vacinas aplicadas em clínicas particulares não estão suspensas e podem ser usadas. Desde a década de 1980, Campinas não registra casos de raiva animal ou em humanos.
Fonte: EPTV (acessado em 13/09/10)