Campinas e Indaiatuba confirmam casos de leishmaniose em cães

A Prefeitura de Indaiatuba (SP) confirmou ao G1, nesta segunda-feira (10), que tem sete casos confirmados de cachorros infectados por leishmaniose visceral canina, sendo que um dos animais morreu. Em Campinas (SP) há um caso positivo em cão e outros três em investigação. A doença começou a chamar a atenção na região desde o surto em Valinhos (SP), que contabiliza 44 casos confirmados em cães e seis mortes este ano.

De acordo com a Prefeitura de Campinas, o cão infectado é da zona rural de Joaquim Egídio. A cidade “é considerada área com transmissão controlada da doença em cães” e “faz vigilância constante da leishmaniose e desencadeia todas as medidas preconizadas para cada notificação”, diz a nota oficial.

Não há casos em humanos e não há previsão sobre os resultados dos exames dos cachorros investigados. A leishmaniose canina causa queda de pelos, lesão nos olhos, crescimento e deformação das unhas, entre outros sintomas. Não é contagiosa. O único transmissor é o mosquito. A espécie também ataca humanos e a doença pode levar à morte em 90% dos casos, quando não há tratamento.

Indaiatuba

Entre os casos de Indaiatuba, quatro foram confirmados pelo Instituto Adolfo Lutz e três foram notificados por clínicas particulares. A investigação de amostras de sangue dos cães começou em maio. A apuração ocorreu na área rural, entre os bairros Itaici (parcial) e Videiras, até o loteamento Rio Negro, perto do limite com a cidade de Itupeva (SP).

A Prefeitura informou que está fazendo um manejo ambiental em 300 residências nesses bairros, que consiste em verificar a situação da compostagem nos terrenos e orientar os moradores quanto à proliferação do mosquito-palha.

Ao todo, 224 cães passaram por exames de sangue pela Prefeitura. Os quatro animais com resultado positivo terão acompanhamento de clínicas particulares e seus respectivos donos, que vão determinar como será o tratamento. Os demais 220, apesar de negativos, deverão usar coleira inseticida e ser vacinados, conforme orientação do município.

Os demais três casos foram notificados por clínicas particulares. Um foi eutanasiado e os outros dois estão em tratamento. Os bairros desses casos não foram informados pela Prefeitura de Indaiatuba. A Prefeitura continua acompanhando as notificações de clínicas particulares. Não há casos em humanos. Mais informações podem ser obtidas no telefone 3816-6666.

Valinhos

A Prefeitura informou ao G1 que o número de casos confirmados da leishmaniose visceral canina não teve nova atualização até esta segunda-feira. Portanto, conta com os mesmos 44 casos, e seis mortes, na área rural da cidade.

Agentes de saúde da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias do Estado de SP) fizeram trabalho de instalação de armadilhas dentro e fora de residências para capturar o mosquito-palha, transmissor da doença, nesta segunda. O objetivo é mapear onde está o mosquito.

Na última sexta-feira (7), a administração promoveu uma palestra para veterinários da rede particular sobre como identificar a doença. Os exames coletados em cães dos três bairros onde se deram as confirmações – Parque Suíça, Jardim Paraná e Clube de Campo – já foram concluídos. Os trabalhos de orientação nas residências continuam.

Sintomas e tratamento

Entre os principais sintomas provocados pela doença em cães, a leishmaniose causa a perda de peso, queda de pelos, lesão nos olhos, crescimento e deformação das unhas, além de paralisia das pernas e desnutrição. Em humanos, os sintomas são febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso e fraqueza.

Prevenção

O

s moradores devem manter as áreas ao redor das casas e pé das árvores limpos e com espaço para passagem de luz solar no solo. O mosquito se reproduz em matéria orgânica em decomposição, como montes de folhas, restos de grama e de poda de árvores.

Os moradores podem colocar telas nas portas, janelas e abrigo dos cães para impedir entrada do mosquito, que tem hábito noturno. Além disso, os moradores devem usar repelentes, camisa de manga comprida e calça durante trabalhos ao redor dos imóveis, e colocar nos cães coleira que funcione como repelente para o mosquito-palha.

Fonte: Portal G1.

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