Os casos de salmonela em humanos diminuíram pela metade na União Europeia (UE) nos últimos cinco anos, mas aumentaram nos Estados Unidos durante o mesmo período, revelou na terça-feira (11) a diretora da Autoridade de Segurança dos Alimentos Europeia (AESA), Catherine Geslain-Lanéelle.
As diferenças entre os dois lados do Atlântico são resultado do enfoque empregado para a detecção da doença. Na EU, o controle é feito em toda a cadeia alimentar, “da fazenda até o prato”, e nos EUA, só se trabalha “no final da escala”, explicou a responsável da agência.
Em um encontro com jornalistas, Geslain-Lanéelle informou que todas as zoonoses (doenças transmitidas por animais) estão sumindo na Europa, exceto o bacilo que causa a campilobacteriose, cujos casos aumentam todo ano.
Na UE, cerca de 190 mil pessoas são infectadas anualmente por essa doença, transmitida principalmente por alimentos contaminados, carne de aves crua, produtos agrícolas frescos, leite e seus derivados não pasteurizados. A salmonela afeta cem mil pessoas no mesmo período no continente.
A diretora da Autoridade Alimentar participa nestes dias de um seminário no Parlamento Europeu onde fala sobre zoonoses, uma das principais ameaças à saúde pública, bem como a contaminação química por agrotóxicos, explicou Geslain-Lanéelle.
A diretora da agência deve participar em Bruxelas de um workshop sobre a independência nos processos científicos que reunirá mais de 150 especialistas. O objetivo é ouvir a opinião dos interessados e revisar algumas políticas da agência.
Fonte: Terra (acessado em 13/10/2011)