A ausência de serviço público de castração de animais abandonados em Jundiaí causa queixas de leitores do BOM DIA e discussões internas no governo municipal.
“Não adianta castrar um porque as pessoas substituem por outros animais. Sou o único veterinário no Centro de Controle de Zoonoses e a prioridade são os animais abrigados”, afirma Carlos Ozahata, gerente do setor.
Uma comissão especial da Câmara espera as respostas de Ozahata para terminar seu relatório e convocar um fórum sobre o tema. “Existe outro mundo nas experiências de São Paulo, Guarulhos, Mogi ou Florianópolis. E o governo estuda isso”, afirma o vereador Leandro Palmarini (PV), da comissão com Júlio de Oliveira (PSDB) e Ana Tonelli (PMDB).
A reestruturação seria com centros de bem estar animal, usando mutirões de castração, cartilhas nas escolas, centros de recuperação e reforço das campanhas de adoção.
Limitações
Desde maio de 2008 uma lei estadual proposta pelo PV proíbe a morte de animais de rua em canis públicos. “Sou contrário”, afirma Ozahata.
Ele acha que a mudança cultural demora duas décadas. “Quem não pode cuidar não deve ter animais.”
Como exemplo, usa a campanha contra a dengue, que agitou o Centro ontem. “Foram dois casos autóctones neste ano, mas novos tipos de vírus podem aparecer”.
Fonte: Bom Dia Jundiaí (acessado em 23/11/09)