Castração é considerada solução para abandono e maus-tratos

Castração parece ser a palavra-chave para combater de forma eficiente o aumento preocupante da população de animais de estimação. Pelo menos é o que afirmam veterinários e outros profissionais ligados diretamente ao mundo animal.

A redução da quantidade de animais, seria a principal solução contra o crescente número de abandonos e maus-tratos. Consequentemente, reduziria o número de animais nas ruas e diminuiria risco de disseminação de zoonoses, como leishmaniose, raiva e leptospirose, entre outras.

Além disso, a castração torna mais tranquila a convivência dos humanos com os animais. De acordo com a veterinária, Ana Lúcia Geraldi, esse procedimento pode reduzir até 99% as visitas às clínicas especializadas.

Outra vantagem da castração apontada pela veterinária é a ausência do cio. Com isso, acabam as escapadas de gatas, cadelas e outras espécies, reduzindo a possibilidade de acidentes como atropelamentos. Sem cio, a fêmea passa mais tempo dentro de casa.

Segundo Ana Lúcia, o risco de tumor no útero e no ovário diminui cerca de 80%. Da mesma forma que reduz em chances de tumor nas mamas. Um macho castrado também fica mais caseiro. Seu apetite sexual diminui e o costume de demarcar terreno urinando em vários pontos praticamente desaparece.

A esteticista canina, Leandra Marquezini Bomfim, também incentiva a castração. Ela argumenta que é comum saber de crias inteiras que são jogadas em rios, abandonadas em matagal e em beiras de estradas. Os felinos são as principais vítimas, uma vez que uma gata é capaz de reproduzir a cada dois meses, em média. Pode ocorrer de a fêmea iniciar nova gestação mesmo durante a amamentação dos filhotes que acabaram de nascer.

Segundo Leandra, a castração de um animal é um procedimento simples que consiste na retirada do útero, trompas e ovários, no caso das fêmeas. Nos machos, são retirados os testículos.

A cirurgia é feita com anestesia geral. Apesar de simples, ela deve ser executada apenas por veterinários. Em torno de uma semana, o animal estará totalmente recuperado. De acordo com orientação profissional, a castração dos animais pode ser feita a partir de dois meses de idade. Para as fêmeas é recomendado castrar antes do primeiro cio.

O procedimento é cercado de mitos, segundo a Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal (Arca Brasil). E um deles seria a afirmação de que castração engorda.

Segundo a associação, o animal não engorda devido à castração e sim pela diminuição de suas atividades físicas, necessitando, portanto, de mais exercícios.

Outro mito, segundo a Arca, é dizer que os animais castrados perdem o instinto de proteger seu território. De acordo com a entidade, a afirmação é falsa.

Fonte: Jornal da Cidade de Bauru (acessado em 14/02/11)

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