Ceia de fim de ano: atenção redobrada na seleção, preparo e consumo de alimentos

A escolha dos produtos, especialmente das carnes, deve ser minuciosa para evitar riscos de contaminação
Texto: Comunicação CRMV-SP / Agência Apex
Foto: Pixabay

É fundamental ter cautela e atenção ao comprar, manipular e consumir alguns alimentos comuns neste período. Para se ter ideia, de 2015 a 2019, segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 2.504 surtos de doenças de transmissão hídrica e alimentar (DTHA) no Brasil. Mais de 37 mil pessoas foram acometidas por DTHA, das quais 38 evoluíram para óbito.

“É importante que o consumidor tenha a preocupação com as carnes de todos os tipos, inclusive os pescados”, diz o médico-veterinário Ricardo Moreira Calil, presidente da Comissão Técnica de Alimentos (CTA) do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP). Ele frisa ser necessário saber a origem dos produtos.

As embalagens devem ter os selos do SIF, SIE, SIM, SISBI. “O consumidor pode ir além e optar por produtos com certificações como: orgânicos, com altos níveis de bem-estar ou até mesmo com selos de origem. Desconfie de preços muito abaixo e, na dúvida, consulte o lojista ou no SAC das empresas”, recomenda a zootecnista a Paola Moretti Rueda, da Comissão Técnica de Bem-Estar Animal do CRMV-SP.

A orientação do presidente da CTA/CRMV-SP é que o consumidor evite comprar em locais onde os produtos não tenham a identificação clara, que não seja possível saber exatamente a procedência do alimento. “De um modo geral, os alimentos são embalados, resfriados ou congelados. A maioria possui embalagem e identificação, então o consumidor deve observar bem isso”, complementa.

Acondicionamento adequado em casa

Outro ponto de atenção é que muitos produtos de origem animal são perecíveis. “Nas embalagens consta a temperatura em que devem ser guardados. Respeite a indicação e sempre descongele os alimentos na geladeira. Se for temperar ou preparar uma receita, depois, volte o produto para geladeira”, orienta Paola.

Calil explica que Temperaturas mais elevadas, acima de 20 graus, são ideais para multiplicação de bactérias e também para as reações químicas do próprio alimento. “Isso aumenta muito o risco de contaminação”, alerta.

Mercado brasileiro

Ao falar sobre a qualidade e capacidade do mercado brasileiro em fornecer produtos para as ceias de fim de ano, o médico-veterinário diz que o Brasil tem total condição de oferecer produtos de boa qualidade, tendo uma rede significativa de frigoríficos e de estabelecimentos que trabalham com toda a gama de proteína animal consumida nessas épocas de festas.

“O Brasil tem condição de atender bem o mercado interno, basta que o consumidor tenha a atenção de não comprar alimentos sem inspeção ou de origem indefinida. O sabor, o cheiro, a textura, tudo isso está diretamente relacionado a uma boa conservação e a uma adequada industrialização do produto. Portanto, a recomendação é que o consumidor esteja sempre atento a esses detalhes para ter a segurança necessária”, conclui Calil.

Pandemia

Durante a pandemia de Covid-19, algumas práticas de segurança e saúde precisam ser reforçadas, como a limpeza e desinfecção dos estabelecimentos, o zoneamento das áreas de processamento de alimentos, o controle de fornecedores, armazenamento, distribuição e transporte e, especialmente, a higiene e a saúde dos profissionais envolvidos.

“É fundamental que os funcionários estejam bem protegidos e saudáveis – porque se houver um doente, pode ocorrer a infecção de outras pessoas e do alimento, caso não sejam utilizados equipamentos de segurança. Por isso, o ambiente e os utensílios devem ser constantemente limpos, utilizando produtos que diminuam a carga de contaminação, como o cloro”, observa o presidente da CTA/CRMV-SP.

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