O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) vê, com preocupação, o montante destinado no orçamento de 2014 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para a área da defesa agropecuária animal e vegetal. A insuficiência admitida pelo próprio ministro da pasta, Neri Geller, mostra que o valor de R$ 303,8 milhões, de um total de R$ 14,5 bilhões, representa apenas 2,1% do orçamento e não suprirá a demanda da área.
O valor se torna irrisório frente à demanda de trabalho da defesa agropecuária animal. Para o presidente do CFMV, Benedito Fortes Arruda, as exportações de carnes e seus subprodutos tem papel relevante na balança comercial positiva brasileira, o que contribui para a formação do PIB.
“Deve-se dar prioridade àquilo que é o carro-chefe do Mapa, pois sem a defesa agropecuária, não existe exportação de produtos e subprodutos de origem animal e vegetal”, destacou o presidente.
Outro ponto ressaltado por Arruda é que o baixo investimento na área da defesa animal expõe o país a doenças que podem contaminar a agropecuária local. Um exemplo desse risco é a diarreia suína endêmica que ocorre atualmente nos Estados Unidos. O presidente alerta que essa doença teria o potencial de arrasar com as exportações e o rebanho brasileiros. Há temores de que atinja o plantel suíno nacional.
O CFMV lembra que a defesa agropecuária é responsável por garantir a segurança alimentar dos produtos consumidos em âmbito nacional.
Fonte: Portal do CFMV.
