Chapada dos Veadeiros: Zoo de Brasília se prepara para receber animais feridos

O Zoológico de Brasília informou que está de “stand-by” para receber animais feridos que forem encontrados nas proximidades da Chapada dos Veadeiros a partir desta segunda-feira (30), após o controle das chamas que atingiu 27% da reserva. Segundo o presidente da instituição, Gerson de Oliveira Norberto, o Zoo capacitou 62 voluntários para resgatar e prestar primeiros socorros.

Ainda de acordo com ele, apenas dois filhotes de arara haviam sido encontrados até este domingo (29). “A maior parte dos animais foi afugentada. O que pode acontecer agora é encontrar os que ainda estão em fuga feridos.” Em incêndio florestais, os mais prejudicados costumam ser os filhotes, especialmente de aves, cujos ovos são carbonizados.

Por conta disso, o diretor de Conservação e Manejo em Áreas de Preservação do ICMBio, Paulo Carneiro, disse que a nova geração dos animais que habitam a Chapada está comprometida. “A geração nova de bichos é a mais afetada. Os passarinhos, os ovos que estão nos ninhos queimam todos. Esse ano reprodutivo vai ficar comprometido.”

De acordo com Carneiro, além dos danos imediatos gerados à fauna, após o controle do incêndio os animais são forçados a buscar abrigo e alimento em outras áreas. No entanto, a fuga dos bichos pode representar novos riscos. “Fora do parque eles podem ser atropelados na estrada e virar alvos de caçadores.”

Ao todo, 400 pessoas, entre brigadistas e voluntários, trabalham na região atingida pelo incêndio, que é considerado o maior da história do parque. Segundo o ICMBio, o fogo ainda não foi totalmente extinto e as equipes seguem no combate e monitoramento na região. A chuva de domingo (29) ajudou no trabalho.

Cuidado veterinário

As equipes do Zoológico, que estiveram na Chapada por duas vezes na semana passada, levaram mantimentos como soro fisiológico, gases, alimentos e rações. Os veterinários também ofereceram treinamento para que voluntários sejam capazes de atender animais atingidos pelo fogo ou por veículos na estrada. As equipes, no entanto, não estão mais no local.

“Se o caso for uma cirurgia ortopedica, por exemplo, o animal recebe os primeiros cuidados do voluntários e é trazido para o Zoológico”, disse Norberto. “Estão todos de ‘stand-by’ para receber os bichos.”

Segundo ele, com o controle do incêndio, as buscas devem ser intensificadas dentro do parque – tanto em Alto Paraíso, quanto em Cavalcante – e em áreas próximas, todas controladas pelo ICMBio.

Recuperação da flora

Quanto à flora, o diretor do ICMBio Paulo Carneiro disse que a maior parte da área atingida é de vegetação rasteira, que leva menos tempo para se recuperar. Já as áreas de floresta costumam demorar até dez anos para se recompor e, se houver novas queimadas, a vegetação pode ainda regredir para área de campo.

“As árvores antigas sobrevivem, porque estão adaptadas, têm a casca mais grossa e não queimam. As pequenas, que ainda estão crescendo, vão inteiras. As jovens morrem todas.” Segundo ele, o incêndio também prejudica a qualidade da água num primeiro momento, por conta da cinzas que vão parar nas nascentes.

Fonte: Portal G1.

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