Chocolate pode levar pets à morte

Com a chegada da Semana Santa e da Páscoa fica difícil não resistir aos apelos dos ovos de chocolate. A guloseima é extremamente popular no País, e fica mais disponível nas prateleiras, nessa época do ano. Constituído por ingredientes altamente atraentes, não são apenas os seres humanos que acabam consumindo o produto, mas também os pets. É justamente aí que mora o perigo. Não são raros os furtos de cães e gatos, que acabam comendo o doce escondido, quando deixado em local acessível ou ainda quando é dado pelo próprio dono.

Dentre os problemas gerados pela ingestão do chocolate destacam-se intoxicação alimentar, diarreia, vômito e hemorragia intestinal. Em casos mais graves, pode levar até à morte. Segundo o diretor clínico do Hospital PetCare, Marcelo Quinzani, o doce é composto por duas substâncias excessivamente prejudiciais aos pets.

“O chocolate é constituído entre outros componentes por carboidratos, lipídios e metilxantinas, ou seja, teobromina e cafeína. Esses dois últimos componentes são absorvidos e são distribuídos via corrente sanguínea para diferentes partes do organismo”, explica.

Segundo, Quinzani, no sistema nervoso, essas substâncias competem com outras responsáveis pela modulação da atividade cerebral e podem provocar excitação no animal. Já no músculo cardíaco, a atividade também é potencializada, aumentando a frequência dos batimentos e levando a um descontrole dos bichos.

Mesmo os produtos oferecidos pelo mercado pet e que se dizem específicos para animais, se ingeridos em excesso, também são prejudiciais. A diretora do Hospital Veterinário Sena Madureira, Fernanda Fragata, explica que os sinais da ingestão excessiva de chocolate costumam aparecer entre seis e 12 horas após a ingestão. “Os sintomas incluem hiperatividade, respiração pesada, ritmo acelerado dos batimentos cardíacos, tremores musculares, distúrbios no controle de bexiga e até convulsão”, diz ela.

Para se ter uma ideia do tamanho do estrago causado pela ingestão do chocolate, Fernanda informa que 28,35 g da versão ao leite possui de 44 a 48 mg de teobromina. A versão meio amargo, por ter mais cacau, apresenta 393 mg da substância tóxica. Os sintomas começam a surgir a partir da ingestão de 20 mg por quilo de teobromina e cafeína.

Quinzani esclarece que quanto mais gordura o chocolate possuir, menor será o teor desta substância concentrado por ele. Dessa forma, os chocolates brancos oferecem menor risco de intoxicação para cães e gatos, enquanto os chocolates amargos são os mais perigosos. “Quanto mais escuro, puro e concentrado for o chocolate, maior será o risco de intoxicação”, afirma.

Para finalizar, os especialistas são claros na recomendação quando o assunto é prevenção: evite dar a guloseima, seja de qualquer tipo, ao animal, pois não há antídoto para intoxicações por teobromina. “A dieta balanceada de um pet deve ser sempre composta por ração e nada mais”, orienta Fernanda.

Fonte: PetMag (acessado em 30/03/10)

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