Cientistas criam frangos que não desenvolvem gripe aviária

Cientistas das Universidades de Cambridge e Edimburgo desenvolveram uma técnica para modificar geneticamente os frangos para que não transmitam a gripe aviária, de acordo com um estudo publicado pela revista Science.

A gripe aviária, também conhecida como vírus H5N1, geralmente atinge as aves de criação, mas também pode afetar pessoas, causando graves problemas respiratórios e outras complicações derivadas.

Os primeiros casos de gripe aviária em humanos foram detectados em Hong Kong, em 1997, mas desde 2004, quando ocorreu uma epidemia global, foram registrados casos em todo o mundo.

“As aves são uma espécie que pode criar novas formas de gripe, que podem ser transmitidas aos humanos”, explica o médico veterinário do departamento de Medicina Veterinária da Universidade de Cambridge Laurence Tiley.

A pesquisa se baseia na alteração de um novo gene que recria uma molécula chamariz. Essa molécula, por sua vez, imita um elemento da gripe aviária. “O vírus é enganado para que reconheça a molécula ao invés do genoma viral, o que interfere na duplicação do ciclo do vírus”, diz o estudo.

Quando os cientistas infectam as aves geneticamente modificadas com a gripe aviária, os animais ficam doentes, mas não contagiam outras aves, sejam elas modificadas geneticamente ou não.

“A prevenção da transmissão do vírus nas aves deve reduzir economicamente o impacto desta doença, assim como o risco que implica as pessoas estarem expostas aos indivíduos infectados”, afirma o especialista.

No entanto, Tiley enfatiza que a pesquisa se encontra numa fase preliminar e que as aves criadas ainda não serão destinadas ao consumo. “A modificação genética que estudamos é um primeiro passo muito significativo do caminho para desenvolver aves que sejam completamente imunes à gripe aviária”, diz Tiley.

“O resultado obtido pelo estudo é muito animador”, assegura a pesquisadora da Universidade de Edimburgo, Helen Sang.

“A utilização da modificação genética para introduzir mudanças que não podem ser obtidas mediante a reprodução animal demonstra o potencial da técnica para melhorar o estado dos animais na indústria aviária”, afirma Sang.

“Este trabalho pode ser também a base para aprimorar a economia e a segurança alimentar em muitas regiões do mundo onde a gripe aviária é um problema significativo”, conclui.

Fonte: Universo Online (acessado em 13/01/11)

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