Cinco tartarugas marinhas
apareceram mortas na orla de Maceió (AL) em menos de uma semana. No Brasil,
há cinco espécies desse animal, todas ameaçadas de extinção.
Segundo o coordenador regional do Projeto Tamar em
Alagoas e Sergipe, Augusto Cesar Coelho, as mortes foram causadas por
pescadores de camarão que trabalham a menos de uma milha náutica da costa (
descumprindo instrução do Ibama (Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). O órgão diz
que fiscaliza tais pescadores.
Coelho tachou a série de mortes como "muito grave". Ele diz ser
provável que muitas outras tartarugas surjam mortas no litoral alagoano. As
prefeituras, porém, não notificam os casos e jogam fora os cascos.
De acordo com dados do Tamar, foram mortos, desde
abril, 45 exemplares da espécie Lepidochelys olivacea –uma tartaruga encontrada nesta terça-feira era
dessa espécie– no extremo sul de Alagoas. Nove estavam com ovos. A maior
reserva de desovas dessa espécie no país fica em Sergipe, vizinho a Alagoas.
As tartarugas se alimentam de camarão e, por estarem próximas aos crustáceos,
são apanhadas nas redes. Como a pesca é proibida, muitas vezes os pescadores
despejam os animais mortos na areia, afirmaram Coelho e Guy Marcovaldi, coordenador nacional do Projeto Tamar, que cuida da preservação das tartarugas no Brasil.
O Tamar informou que, anualmente, 20 mil tartarugas
desovam no Brasil.
Fonte:
Folha Online, acesso em 05/08/2009