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mso-element-wrap:around;mso-element-anchor-vertical:paragraph;mso-element-anchor-horizontal:
column;mso-element-left:right;mso-element-top:.05pt;mso-height-rule:exactly’>Uma pesquisa dinamarquesa revelou que uma
espécie de cobra marinha venenosa encontrada na Ásia usa marcas na pele e faz
movimentos para dar a impressão aos predadores de que o seu rabo é uma
segunda cabeça.
Os cientistas da Real Academia Dinamarquesa, em Copenhague, descobriram que a
cobra da espécie Laticauda colubrina
torce o rabo de uma forma que dá a ilusão de que tem duas cabeças.
Os estudiosos acreditam que esse "disfarce" seja uma evolução que
protege a cobra marinha de ataques enquanto procura por suas presas.
Apesar de serem extremamente venenosas, estas cobras são vulneráveis a vários
predadores, incluindo tubarões e outros peixes.
"Isto [a estratégia de fingir ter duas cabeças] pode aumentar as chances
[de as cobras] sobreviverem a ataques de predadores, ao expor uma parte do
corpo ‘menos’ vital", afirmou Arne Rasmussen,
que liderou a pesquisa.
"Mas, mais importante, pode impedir o ataque se [os predadores] acharem
que o rabo é tão venenoso quanto a cabeça da
cobra", acrescentou.
Mergulho
Rasmussen e seus alunos estudaram as cobras marinhas ao mergulharem na costa
da ilha Bunaken, na Indonésia.
Eles seguiram espécimes da Laticauda colubrina enquanto elas nadavam entre corais e fendas
submarinas, procurando por alimento.
Rasmussen notou a ilusão das duas cabeças quando viu uma cobra com a cabeça
aparentemente virada para ele enquanto "examinava" os corais com o
rabo.
A "segunda cabeça" da cobra então emergiu do meio dos corais e ele
percebeu que a primeira cabeça que tinha visto era, na verdade, um rabo.
Rasmussen e seus colegas examinaram quase cem destas cobras marinhas em três
grandes coleções de museus em Paris, Berlim e Copenhague, e monitoraram o comportamento de cobras selvagens durante
uma expedição às Ilhas Salomão.
A pesquisa confirmou que cada espécime de Laticauda
colubrina tem variações de sua coloração
característica –uma marca amarela brilhante em formato de ferradura na ponta
da cabeça e do rabo e padrões semelhantes de marcas pretas.
A pesquisa foi publicada na revista especializada "Marine Ecology".
Fonte: Folha Online, acesso em 07/08/2009