O Piauí registrou o primeiro caso de Peste Suína Clássica (PSC) que ocasionou a morte de sete leitões menores de três meses, levando o estado a decretar, nesta segunda-feira (08/04), estado de emergência zoossanitária em Lagoa do Piauí, município onde ocorreu o caso. A confirmação do caso foi divulgada em nota técnica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A investigação realizada pela Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi), como parte do sistema de vigilância das doenças hemorrágicas dos suínos, identificou as mortes nos sete leitões em uma propriedade de criação extensiva. Os animais apresentavam sinais de fraqueza, febre alta e paresia de membros posteriores.
O governo do estado do Piauí informou que medidas específicas para a contenção e eliminação do agente viral estão sendo tomadas para evitar a disseminação a outras áreas do Estado.
Segundo nota oficial, ficam interditadas todas as propriedades rurais e outros estabelecimentos com suínos e produtos que representem risco para manutenção ou difusão da doença localizada na área de emergência zoossanitária de onde está proibida a saída de suínos e demais produtos de risco.
Zona livre da doença
De acordo com o Mapa, a zona livre de PSC do país concentra mais de 95% de toda a indústria suinícola brasileira. Cem por cento de toda a exportação de suínos e seus produtos são oriundos dessa zona, integrada pelo Distrito Federal e 15 estados (RS, SC, PR, MG, SP, MS, MT, GO, RJ, ES, BA, SE, TO, RO e AC). Nessa zona, a última ocorrência detectada de PSC foi em janeiro de 1998.
Desde outubro do ano passado, houve a confirmação de 44 focos de PSC no Brasil, sendo todos no Ceará, estado que permanece fora da zona livre da doença.
Como identificar
A Peste Suína Clássica é uma doença que acomete suínos e javalis, é altamente contagiosa e se caracteriza por febre alta, lesões avermelhadas na pele dos animais (hemorrágicas) e alta mortalidade. Falta de apetite, fraqueza e animais amontoados também caracterizam os sintomas.
A PSC não oferece riscos à saúde humana, mas traz perdas econômicas para o suinocultor. A notificação de suspeita ou ocorrência é obrigatória a qualquer cidadão e para todo profissional que atue na área de diagnóstico, ensino ou pesquisa em saúde animal. Deve ser feita o mais rápido possível para evitar a difusão da doença para outras propriedades.