Com preço do milho em alta, criadores se preocupam com impacto nos custos de produção

Enquanto o produtor de milho vive a expectativa de mais um ano rentável, com bons preços, quem depende do grão como insumo se preocupa com o impacto que isso pode ter nos custos de produção. De acordo com analistas de mercado, 2012 deve ser um ano em que os preços do milho tenham algum ajuste, mas ainda se mantenham em alta.

De um lado, a crise internacional provoca uma pressão nos preços. De outro, as cotações do milho encontram sustentação no cenário de oferta e demanda. Os estoques mundiais estão baixos e problemas climáticos atingem importantes regiões produtoras, como a Argentina e alguns Estados do Brasil.

Em Chicago, o preço do grão tem ficado acima dos US$ 6,50 por bushel. No Brasil, o mercado físico está em R$ 30 a saca. No mercado futuro, tem variado entre R$ 27 e R$ 31, dependendo do vencimento. Para o pesquisador do Cepea, Lucílio Alves, o preço do milho deve se manter próximo aos patamares de 2011.

“Do ponto de vista de quem está produzindo, podemos dizer que a rentabilidade atual é atrativa e, se os preços subirem, melhor ainda. Os custos já estão dados, principalmente da safra de verão. Para quem vai comprar, sem dúvida é uma complicação. Continuaremos com preços acima das médias históricas e bem próximos dos observados em 2011”, diz.

Quem consome milho durante todo o ano é a avicultura. O grão representa pelo menos 65% da ração animal. O presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, prevê 2012 com custos em alta, mas com uma diferença em relação a 2011. Como o preço do milho deve variar menos, a situação é um pouco mais previsível.

“Há outros componentes que nos preocupam, por exemplo, o câmbio. Ele é oscilante, não é estável, depende dos ventos da economia do mundo. Há um outro fator também: a redução de preços lá fora. Quando o dólar está no nível em que está hoje, alguns mercados compradores, e mercados importantes, como Japão, União Européia e até mercados árabes, tendem a reduzir preços”, afirma.

Realidade bem diferente vive a indústria da carne bovina, já que o milho é utilizado basicamente nos confinamentos. Mas esse sistema representa menos de 10% do que é abatido pelos frigoríficos.

“O milho no ano passado tinha um custo bastante alto. Agora se espera um aumento de produção e um custo um pouco menor na alimentação e que pode estimular o confinador um pouco mais neste ano”, conta o diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Fernando Sampaio.

Fonte: Canal Rural (acessado em 06/01/2012)

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