Quando você procura um pet shop, espera que seu animal receba um atendimento correto, com atenção e carinho por parte dos funcionários. Porém, nem todos os lugares oferecem essa qualidade no atendimento. Os motivos são muitos, desde gente que trabalha nessa área e nem sequer gosta dos bichinhos até a falta de qualificação em alguns profissionais, o que faz toda a diferença na hora de cuidar dos animais. “Sem ter o mínino de preparo, essas pessoas podem causar vários danos e riscos para os pets.”, alerta a veterinária e proprietária do Ariza Pet Shop, Daniela Campana.

Segundo ela, são muitos os serviços que o local pode oferecer, entre eles a comercialização de acessórios e produtos de higiene, alimentação, petiscos, medicamentos, venda de animais, serviços de estética como banho e tosa, hidratação, cauterização e outras opções, que necessitam de habilidade e preparo por parte dos funcionários.

“Acho uma pena existirem pessoas não capacitadas ingressando nessa área. Esse é um tipo de serviço onde precisamos muito de pessoas qualificadas, preparadas e habilitadas para desenvolverem a função”, conta Daniela.

Gostar de animais é fundamental, porém, para a veterinária não basta. “Para ser um bom profissional, há diversos tipos de cursos. Neles, uma pessoa sem experiência pode obter um melhor resultado antes de ingressar na área.”.

Saber escolher um bom pet shop também começa pela conhecida “primeira impressão”. “O local deve ser limpo, arejado, amplo e o bichinho deve se sentir bem em frequentar o ambiente. Cães que tomam banho semanalmente, por exemplo , se bem cuidados e tratados com respeito, na maioria das vezes gostam e se identificam com as pessoas que cuidam deles, demonstrando afeto e segurança, e interagindo bem de uma forma carinhosa”, explica Daniela.

Antes de levar seu animal de estimação a um pet shop, Daniela dá a dica. “Procure conhecer bem o local e verifique se existe amor e respeito pelos animais nesse ambiente. Converse com a equipe de trabalho, identifique-se com o profissional que irá cuidar do seu bichinho e mantenha um elo com a equipe toda, pois se houver qualquer diferença ou alteração com o animal, eles irão lhe informar”.

Denúncias

Apesar de o pet shop ser um tipo de estabelecimento que pode ser aberto por qualquer pessoa, é fundamental (no caso dos paulistas) que o estabelecimento tenha registro no Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) e um médico veterinário como responsável técnico. “Não apenas os pet shops, mas casas de ração, salões de banho e tosa e qualquer outro estabelecimento ligado à atividade veterinária”, afirma o CRMV-SP.

Ainda segundo o Conselho, esse profissional é responsável por oferecer segurança ao animal, caso haja algum acidente durante a tosa, por verificar a ocorrência de zoonoses (doenças transmitidas de animais para o homem e vice-versa) e comunicar às autoridades, impedindo que outros animais contraiam a doença. Também é responsável por orientar o correto descarte de material orgânico da tosa e água do banho (o descarte incorreto pode gerar poluição ao meio ambiente) e por orientar o armazenamento correto das rações.

O CRMV-SP fiscaliza e coíbe o exercício irregular das profissões de médico veterinário e zootecnista. Por isso, se o estabelecimento não possuir registro no Conselho ou existirem negligências por parte do médico veterinário responsável pelo local, você pode denunciar.

“A denúncia deve ser encaminhada por escrito, com identificação e assinatura do denunciante e com algum tipo de prova ou indicativo de prova. Caso ela seja relacionada à estrutura da clínica ou a qualquer outro assunto, o Conselho orienta o denunciante a procurar os órgãos responsáveis. Se a denúncia for relacionada ao exercício ilegal da profissão, o Conselho a encaminha ao Ministério Público e à Polícia Civil. Nesse caso, a denúncia também deve ser encaminhada por escrito e com identificação do denunciante.”, explica o CRMV-SP.

Fonte: Itu.com.br (acessado em 06/08/10)