Toda criança espera o ano inteiro pela chegada das férias de fim de ano por conta das festas, das viagens e da maior disponibilidade para brincar. Nesse período, a oportunidade de passar mais tempo com um animal de estimação pode proporcionar, além de diversão, vários benefícios, como o bem-estar psicológico, a prevenção e o tratamento de muitas doenças.
Segundo estudo encomendado pela Comissão de Animais de Companhia (Comac), integrante do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), ao grupo de pesquisa do Departamento de Psicologia Experimental da Universidade de São Paulo (USP), os benefícios dos pets à saúde das pessoas vão desde a melhora na imunidade de crianças e adultos até a redução dos níveis de estresse e da incidência de doenças comuns, como dor de cabeça ou resfriado.
Até para as crianças menores o convívio com os animais tem resultado positivo. Segundo os pesquisadores, os bebês são um exemplo disso. Certas proteínas que exercem importante papel na regulação do sistema imunológico e das alergias aumentam significativamente em crianças de um ano de idade quando são expostos precocemente a um cão.
Para a pesquisadora Carine Savalli Redígolo, o estudo mostra que a convivência proporciona aos bebês menor suscetibilidade às alergias e dermatites tópicas. “Também foi constatada a diminuição de rinites alérgicas aos quatro anos de idade e aos seis a sete anos, devido à redução da imunoglobina, anticorpo que em altas concentrações sugere um processo alérgico”, afirma.
“A proximidade com os animais traz benefícios a todos os membros da família. Para as crianças e jovens, essa companhia contribui desde a redução de ansiedade até o desenvolvimento da linguagem e das habilidades motoras, inclusive para fins terapêuticos”, justifica o médico veterinário e presidente da Comac, Luiz Luccas.
Porém, que para manter um bom convívio entre crianças e pets, é necessária a orientação veterinária periódica para manter a saúde e o bem estar do animal. O médico veterinário acompanha questões relacionadas à vacinação, medicação e tratamentos.
Apesar da importância da frequência do acompanhamento veterinário para a qualidade de vida do animal e das relações com seus donos, segundo a pesquisa Radar Pet, apenas 24% dos proprietários têm o hábito de levar seus pets a consultas periódicas. Quando são considerados os proprietários que levam seus pets para tratamentos prolongados, o número cai para 11%.
Para Luccas, a frequência de consultas veterinárias resolveria questões como a cinomose. A doença, uma das principais causas de mortalidade precoce de cães no Brasil, está longe de ser erradicada do País, uma vez que hoje apenas 20% da população canina nacional é vacinada.
Além disto, é preciso ficar ao controle de pulgas, carrapatos, dirofilaria e outros parasitas internos. “Cuidar da saúde dos pets é cuidar da saúde da própria família, já que algumas doenças, como verminoses, são transmissíveis às crianças e adultos, podendo ocasionar problemas muito sérios”, diz Luccas.
Fonte: Itu.com.br (acessado em 13/12/10)
