Cooperativas de leite estudam fusão que pode criar o maior grupo do setor na América Latina

Cinco cooperativas de leite – três de Minas Gerais, uma de Goiás e outra do Paraná – querem se fundir para criar a maior empresa de lácteos da América Latina, com captação de sete milhões de litros por dia e um faturamento anual de R$ 4 bilhões. A fusão é uma estratégia para conter o avanço de outras grandes indústrias de lácteos no País. “Queremos ser um ator importante”, disse o presidente da mineira Itambé, Jacques Gontijo.

A união incluirá também a Centroleite, de Goiás, a Confepar, do Paraná, e as mineiras Cemil e Minas Leite. Segundo o presidente da Itambé, uma consultoria, cujo nome não foi revelado, já foi contratada para avaliar quanto cada cooperativa terá na nova companhia que será criada. A expectativa é de que o levantamento esteja concluído dentro de três meses. Ele será decisivo para a conclusão do negócio.

“Estamos mirando no exemplo adotado no mundo inteiro”, comentou Gontijo. Ele cita os exemplos da Fonterra, da Nova Zelândia, e da Dairy Farmers of America (DFA), dos Estados Unidos, que têm grandes volumes de produção e conseguem balizar a cotação do leite em pó no mercado internacional. A Fonterra e a DFA resultaram da fusão de cooperativas menores.

A nova empresa brasileira do setor de lácteos, resultado da fusão entre as cinco cooperativas, concentrará 10% de toda a captação de leite do Brasil. A Itambé será a maior delas, com uma captação de 3,4 milhões de litros de leite por dia. A cooperativa mineira, que tem cinco unidades, está fechando o ano com um faturamento de R$ 1,9 bilhões.

A Confepar possui uma fábrica e capta 900 mil litros de leite por dia. Na unidade da Cemil é feita a captação de 500 mil litros por dia. A Centroleite e a Minas Leite não têm unidades industriais e fazem apenas captação, de 900 mil e 1,5 milhão de litros por dia respectivamente.

A mineira Itambé tentava desde 2008 abrir essa negociação com outras cooperativas, inicialmente com a Centroleite. As conversas eram muito embrionárias e só ganharam fôlego no início deste semestre.
Desde 2007, o mercado leiteiro vive um período de consolidação, com aquisições e fusões. A Perdigão, antes da fusão com a Sadia, comprou a indústria de laticínios Cotochés além da Eleva, que atua no setor de lácteos e de carnes.

Fonte: Jornal do Comércio (acessado em 23/12/09)

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