CRMV-SP esclarece e orienta sobre a Febre Amarela

Desde 2016 o vírus da febre amarela voltou a circular em algumas regiões do Estado de São Paulo, em seu ciclo silvestre. Por este motivo, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) alerta os profissionais médicos-veterinários. É importante ressaltar a interface da doença entre a saúde pública e a saúde silvestre, mais especificamente das populações de macacos – tecnicamente tratados como ‘Primatas Não Humanos’.

Sobre a notificação de casos de febre amarela silvestre em macacos, caso chegue a seu conhecimento qualquer informação sobre ocorrência de animal doente ou morto, a recomendação é que os órgãos de saúde sejam acionados imediatamente. Isto pode ser feito por telefone, através de qualquer um dos seguintes números de telefone: 136, o Disque Saúde do Ministério da Saúde; (11) 3066-8296, a Divisão de Zoonoses do Centro de Vigilância Epidemiológica, que atende em de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h; ou 0800-555466, o Plantão Médico do Centro de Vigilância Epidemiológica, que atende nos finais de semana e feriados.

As notificações são de extrema importância para a adequada vigilância da doença. A vigilância é realizada conforme os procedimentos estabelecidos no Guia de Vigilância de Epizootias em Primatas Não Humanos e Entomologia Aplicada à Vigilância da Febre Amarela, disponível no site do Ministério da Saúde .

É necessário reforçar que pessoas leigas não devem manipular os animais, devido ao risco de contaminação por outras doenças. O risco não é de contaminação pelo vírus da Febre Amarela, que é transmitido apenas por determinados mosquitos. Entretanto, há outras doenças a serem prevenidas no contato entre humanos e macacos, como a raiva, por exemplo.

No que diz respeito à vacinação contra a febre amarela, recomenda-se que os profissionais se informem pelos sites dos órgãos oficiais de saúde sobre os municípios do Estado de São Paulo com recomendação de vacinação. Esta é a principal forma de prevenção da doença.

Ao encontrar macacos vivos, sadios e em vida livre a orientação é não capturar, não alimentar, não retirar de seu hábitat, não transportar para outras áreas e, principalmente, não agredir, não maltratar e não matar os animais. Para ajudar, basta deixá-los vivos na floresta.

Caso você presencie ou tome conhecimento de agressões a macacos, denuncie o fato às autoridades de meio ambiente. Agredir os animais é crime ambiental e prejudica o trabalho de vigilância sanitária. A denúncia pode ser feita ao IBAMA pelo telefone 0800-618080.

Vale lembrar que a febre amarela foi introduzida no Brasil a partir da África há centenas de anos e não é contagiosa. Os macacos, assim como os humanos, não transmitem diretamente a doença. O vírus pode circular em dois ciclos básicos: o urbano e o silvestre. No ciclo urbano, não registrado no Brasil desde 1942, a transmissão se dá dentro de cidades através do mosquito Aedes aegypti que, neste caso, é o vetor responsável pela disseminação da doença. No ciclo silvestre, a doença circula entre macacos e outros animais, transmitida por algumas espécies de mosquitos.

A febre amarela no Brasil apresenta uma ocorrência endêmica, principalmente na região amazônica. Fora da Amazônia, surtos da doença são registrados esporadicamente quando o vírus encontra uma população de pessoas não vacinadas. A ocorrência de casos humanos tem sido compatível com o período sazonal da doença, que vai de dezembro a maio. Entretanto, foram observadas epizootias macacos em períodos considerados de baixa ocorrência, um indicativo de que as condições para transmissão da febre amarela estão favoráveis e que são necessários esforços adicionais para vigilância, prevenção e controle da doença.

O CRMV-SP, considerando sua missão, está auxiliando na divulgação de informações relativas ao tema para que todos os médicos-veterinários possam cumprir seu importante papel de orientação à população, sob a abordagem da Saúde Única.

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