CRMV-SP promove discussão sobre Ensino a Distância (EaD)

Conclusão é que uso da tecnologia digital deve ser incorporado ao processo de forma a constituir uma ferramenta para a transmissão do conhecimento teórico
Texto: Comunicação CRMV-SP
Fotos: Adobe Stock

O CRMV-SP, preocupado com a qualidade do ensino dos profissionais da saúde, promoveu, no último dia 25 de maio, o evento “Ensino a Distância em Medicina Veterinária: Prós e Contras”, abrindo a discussão sobre o tema.

Nesta ocasião, foi exposto o panorama nacional em relação ao uso desta ferramenta de ensino no âmbito das profissões da saúde para a apresentação do enriquecimento possibilitado pelo método, assim como suas defasagens.

Atualmente, no Brasil, temos um aumento alarmante do número de vagas de EaD no ensino das profissões relacionadas à saúde, que carece de fiscalização por parte do Ministério da Educação e Cultura (MEC).

Em virtude da regulamentação prevista pelo Decreto nº 9057 de 2017, os pólos de ensino a distância deixaram de ser fiscalizados por amostragem, como acontecia anteriormente e apenas a sede da instituição de ensino responsável passou a ter necessidade de fiscalização.

Aumento de vagas

O mesmo decreto permite que a abertura de um pólo, entretanto, seja terceirizada por meio de convênios com outras entidades e que haja o credenciamento para o EaD sem a necessidade de cursos presenciais.

Assim, houve uma corrida na abertura alarmante de vagas alocadas em 231 sedes e 11.688 pólos. O número de vagas de EaD no ensino das profissões ligadas à saúde saltou de 274.603, em fevereiro de 2017, para 616.532, em março de 2018, um aumento de 124% em um período de 13 meses.

Infraestrutura

Muito foi questionado se a infraestrutura necessária ao desenvolvimento prático profissional acompanharia este crescimento, uma vez que os laboratórios didáticos não acompanharam tal movimento. A alternativa apresentada previa encontros para o treino prático presencial, que chegaram ao número mínimo, em alguns casos, de três a quatro vezes por semestre.

Adicionalmente, discutiu-se a interface humana fundamental às profissões da saúde, concretizada na viabilidade do desenvolvimento das competências específicas do profissional, no aprendizado prático, no trabalho interprofissional colaborativo e na humanização, habilidades estas que não podem ser ensinadas na modalidade EaD, tendo em vista as limitações do método.

Tecnologia incorporada

Em face da apresentação de diferentes formas de ensino, concluiu-se que o uso da tecnologia digital deve ser incorporado ao processo de forma a constituir uma ferramenta para a transmissão do conhecimento teórico.

Mas a utilização do método deve ser dimensionada de forma a não tolher o processo inerente à Educação de superação das dificuldades presentes, que hoje são traduzidas no ensino transformador do aluno em líderes que promoverão mudanças sociais necessárias.

Remetemos, finalmente, ao exemplo clássico de ensino, quando só se aprende mediante a observação e a experimentação de um processo que deve ser conduzido por um mestre, restando à tecnologia o aspecto complementar do processo e não como fim.

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