Os pecuaristas já se preparam para o inverno, fase do ano em que a maior parte das espécies forrageiras tropicais inicia o processo natural de perda dos nutrientes, principalmente proteínas e minerais. Por isso, o rebanho merece cuidados especiais com a alimentação nessa fase. Para solucionar o problema característico, é crescente o número de pecuaristas que recorrem ao confinamento como alternativa para condicionar melhor seus rebanhos de engorda e terminação no período que antecede o abate.
Dados da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) mostram que o Brasil ocupa a segunda colocação entre os grandes países confinadores mundiais, atrás apenas dos EUA. O volume representa 7% do total de animais abatidos pela indústria brasileira em 2010, cerca torno de 40 milhões de cabeças.
O cuidado com a escolha correta dos ingredientes que vão compor a dieta do bovino em cocheira e a forma como será feito o manuseio e a administração das matérias-primas são pontos chaves para o retorno satisfatório do investimento, que representa mais de 85% do gasto total do confinamento.
“Quem iniciar os cuidados agora, oferecendo suplementação intensiva para boiada em pastagens, terá melhores resultados, comparados aos pecuaristas que iniciarem esses procedimentos apenas durante o confinamento”, explica o diretor técnico da Premix, Lauriston Bertelli.
Segundo o especialista, animais que entram no confinamento em melhores condições de desenvolvimento corporal permanecem menos tempo no cocho. Isso se reflete em ganhos de eficiência no sistema, que se convertem em ganhos de produtividade ao final da safra.
“Os ganhos se traduzem em maior ganho de peso diário, adaptação ao manejo alimentar, condicionamento ao manejo físico e menor estresse no contato próximo com as pessoas”, diz Bertelli.
Devido ao custo elevado da alimentação dos animais em sistemas de engorda e terminação em confinamento, o mercado tem buscado cada vez mais se atualizar sobre as últimas tecnologias no campo da nutrição, práticas corretas de manejo e bem-estar dos rebanhos confinados.
Fonte: Agrolink (acessado em 24/02/11)