Inovar na forma de fazer as coisas pode gerar redução de custos na empresa, diz a coordenadora de Empreendedorismo da ESPM, Letícia Menegon

A criatividade e inovação são características imprescindíveis nos negócios. De fato, criar um serviço personalizado ou desenvolver uma nova estratégia de vendas, diferente do que já existe no mercado, não é uma das tarefas mais fáceis. Inovar na forma de fazer as coisas pode gerar redução de custos ou ainda melhorar a vida financeira da empresa.

Fábio Zugman, autor do livro “Criatividade sem Segredos”, da Editora Atlas, destaca que criatividade é o processo de realizar algo criativo, como por exemplo, desenvolver um novo modo de trabalhar. Já a inovação é algo produtivo que já deu certo e está pronto para ser reproduzido. Apesar da criatividade dar mais trabalho e levar mais tempo para ser aprimorada, ela pode ser desenvolvida. A despeito da maioria das pessoas não pensarem assim, todos podem ser criativos. Essa não é uma atribuição exclusiva do pessoal da publicidade ou do desenvolvimento de produtos.

“A forma como a sociedade está estruturada não permite que as pessoas exponham a sua criatividade. Tudo o que fazemos é porque entendemos que se trata da forma correta de pensar, sentir, e de se comportar em relação a diversas coisas. Para desenvolver a criatividade é preciso romper com a estrutura mental já estabelecida e fazer exercícios constantes de questionamentos e de discordância do modelo que se aprendeu”, explica a coordenadora do Centro de Empreendedorismo da ESPM, Letícia Menegon.
Se para as tarefas diárias a prática leva a perfeição, no processo criativo a premissa é a mesma. Letícia, refere que grande parte da criatividade passa pela tentativa e erro. Isso também é muito comum quando se fala em inovação. A crise também pode ser um impulsionador da criatividade na medida em que ela mexe com o status quo do indivíduo. “Isso faz com que as pessoas repensem seus padrões de resoluções de problemas, e que enxerguem situações para resolvê-las e encontrem uma luz no fim do túnel”, enfatiza.

Dar liberdade para os funcionários apresentarem sugestões pode ser uma grande fonte de ideias, afinal, quem está na linha de frente da operação tem mais condições de ver o que pode ser melhorado. “É preciso estimular os colaboradores a questionar sobre como as coisas são executadas dentro da organização. Discordar é um passo fundamental, pois desenvolve o processo criativo por meio do questionamento”, ensina a coordenadora.

Treinar e capacitar os funcionários para pensar diferente, criar uma cultura de indagação e ambiente confortável para discussão de ideias são práticas fundamentais para o estímulo e da criatividade na equipe. Outro ponto importante é o conhecimento dos concorrentes. Contudo, é fundamental não copiar seus movimentos, mas sim estudá-los a fim de entender como ele se diferencia. “Com essas informações pode ser criado um novo modelo de comportamento e resolução de problemas.”