O calor intenso do começo do ano mexeu com a vida de quem produz ovos. Milhares de galinhas morreram e está difícil repor o plantel. Algumas variedades do produto estão em falta no mercado. Dados Associação Paulista de Avicultura apontam que no estado de São Paulo, de dezembro a fevereiro, morreram 63 mil aves por mês, um aumento de 12% na taxa de mortalidade.
A galinha vermelha é mais sensível ao calor do que a branca, por isso, sofre tanto. A temperatura ideal em uma granja é de 25 graus, mas em uma delas, em Santa Cruz da Conceição, o dono chegou a registrar até 39 graus durante o verão, mesmo com o sistema de refrigeração ligado. O resultado foi a morte da metade das 40 mil aves. João Carlos Piva teve um prejuízo de R$ 200 mil e agora pretende diminuir a produção de ovos vermelhos.
Com menos galinhas poedeiras no estado, a produção de ovos vermelhos foi afetada. Em outra granja, em Pirassununga, houve quebra de 15%. Mário Luiz Saidel vende 630 dúzias por dia e, para atender aos compradores, ele está mantendo as galinhas por mais tempo no galpão. Antes, elas eram eliminadas com 80 semanas de vida, agora o descarte é feito com 95 semanas. “A ideia é prolongar a vida útil da galinha para ter os lotes para renovar a granja e ter produção. É preciso conciliar, tratar bem da alimentação, dar vitaminas, assim é possível obter uma vida útil boa”, diz o produtor.
A falta das galinhas poedeiras fez o preço dos ovos vermelhos aumentarem. Os criadores conseguiam R$ 0,10 a mais pelo ovo vermelho em relação ao branco, agora recebem R$ 0,50, mesmo não havendo diferença nutricional entre os dois tipos.
Fonte:Avicultura Industrial