Embrapa desenvolve alternativas para agregar valor à carne de rã

A ranicultura, ou produção de rãs, tem grande potencial de crescimento no Brasil, mas esbarra em obstáculos como a falta de união entre os produtores. A afirmação é da pesquisadora da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Ângela Furtado.

“Existe muita pulverização de produção. As pessoas começam a produzir e, de repente, resolvem parar. Isso faz com que você não tenha uma constância de rãs para abate”, diz.

Embora haja no País potencial para a criação de rãs, principalmente na Região Sudeste, Ângela afirmou que está faltando articulação entre os produtores. “Há mercado para a carne de rã. Acredito que teria mercado também para novos produtos. Só falta mesmo a gente ter uma regularização na produção”, comenta.

A Embrapa Agroindústria de Alimentos realiza no Rio, nos próximos dias 21 e 22, encontro que reunirá produtores, empresários e pesquisadores para debater as alternativas para a cadeia produtiva.

Durante o debate, a empresa apresentará tecnologias para o processamento de carne de rã. A Embrapa desenvolveu produtos que podem agregar valor à carne de rã, entre eles salsicha, patê e conserva. Outra forma de acelerar o crescimento desse tipo de criação, segundo o órgão é estimular parcerias entre produtores e indústrias de alimentos.

“Vamos mostrar aos produtores, empresários e pesquisadores que é possível agregar valor sem ser necessário montar uma indústria. O que o produtor pode fazer é separar a carne do dorso de rã de forma mecânica para vender para às indústrias interessadas em fazer o patê e a salsicha”, destacou Ângela.

Os produtos processados foram desenvolvidos a partir da carne do dorso da rã, descartada habitualmente na agroindústria. Durante o encontro, o Instituto de Pesca de São Paulo apresentará avanços tecnológicos e arranjos organizacionais na cadeia produtiva, enquanto o Centro Universitário Augusto Motta (Unisuam) abordará as perspectivas para a oferta e demanda de rãs e derivados no País.

A carne de rã apresenta baixo teor de gordura e elevado teor de cálcio. De acordo com o Censo Agropecuário de 2006, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), havia no Brasil 170 estabelecimentos ranícolas que produziam em torno de 156 toneladas anuais.

Fonte: Canal Rural (acessado em 20/09/10)

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