Estudo ajuda a explicar longevidade de cães

O trabalho de Lark e Ostrander sobre pelos pode trazer também uma explicação sobre por que cães grandes geralmente vivem menos que os pequenos. Segundo os cientistas, há uma semelhança entre os mecanismos que determinam pelo e características ligadas à longevidade.
Os genes que explicam a maior parte da diversidade na pelagem canina são três, conforme mostra seu trabalho. O FGF5 determina se o pelo é curto ou comprido, o RSPO2 indica presença de “acessórios”, e o KRT71 dá o grau de “encaracolamento”.
Para todos há uma razão. O KRT71, por exemplo, atua na produção de uma proteína dos pelos, a queratina 71. A combinação dos três genes produz sete tipos básicos de pelagem.
O pelo curto de um boxer vem de ele ter versões ancestrais dos três genes. O pelo longo com bigode e sobrancelha peluda de um Lhasa Apso surge de seus FGF5 e RSPO2 mutantes, e do KRT71 na forma selvagem, ancestral. O pelo longo e não encaracolado do cocker spaniel surge do FGF5 mutante e dos outros dois ancestrais. Já um cão d’água português ou um poodle têm as três formas dos genes mutantes.
Acontece, porém, que o isolamento genético entre as raças acabou criando diferenças que vão além da aparência. “Ao desenvolver uma raça, os criadores selecionam certos genes, regulando tamanho ou pelagem, que também regulam muitas outras coisas no animal”, afirma Lark.
São genes básicos. O gene ligado ao tamanho do pelo, IGF1, também está envolvido no metabolismo de insulina –e da longevidade– em muitos organismos. Os genes FGF5 e RSPO2 também regulam processos celulares que afetam a fisiologia e o crescimento do indivíduo.
Com isso, os cientistas ganham novas informações para estudar como importantes genes regulatórios interagem com outros para mudar o “funcionamento” do animal, afetando sua saúde e sua longevidade.

Fonte: Folha Online, acesso em 31/08/2009

Relacionadas

Imagem aproximada de uma mão de apicultor segurando uma placa de favo de mel com abelhas pequenas andando sobre a placa.
Imagem com um computador ao centro, em cuja tela aparece as informações sobre a Semana do Zootecnista e uma mulher sorrindo com um celular nas mãos.
Em um curral, o profissional zootecnista, com um tablet na mão, de camisa xadrez, calça jeans e botas, está agachado em frente a um bovino.
Galinhas em marrons em um sistema de produção avícola com gaiolas e comedouros.

Mais Lidas

Diagnóstico por imagem é uma das especialidades reconhecidas pelo CFMV
Crédito: Acervo CRMV-SP
Notebook com a tela inicial da Solução Integrada de Gestão do CRMV-SP (SIG CRMV-SP)
Responsável técnico é a figura central que responde ética, legal e tecnicamente pelos atos profissionais da empresa
Crédito: Freepik
Em São Paulo, a primeira instituição destinada ao ensino da Veterinária teve origem no Instituto de Veterinária, nas dependências do Instituto Butantan, no ano de 1919 Crédito da foto: Acervo Histórico/FMVZ-USP

Contato

(11) 5908 4799

Sede CRMV-SP 

Endereço: Rua Apeninos, 1.088 – Paraíso – CEP: 04104-021
Cidade: São Paulo

Newsletter

Todos os direitos reservados ao Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo – CNPJ: 50.052.885/0001-40