Fabricantes de alimentos para animais se internacionalizam

“A partir do momento em que uma empresa tem capacidade de competir em qualquer lugar do mundo, ela não perde a briga aqui dentro.” A conclusão é do diretor-executivo da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos para Animais de Estimação (Anfalpet), José Edson França. De olho nessa máxima e comprando briga com os grandes fabricantes mundiais de alimentos para animais domésticos, duas empresas nacionais projetam crescimento de suas vendas ao mercado externo, a despeito das dificuldades cambiais e da crise nos países desenvolvidos.

Com exemplos como esses, o setor brasileiro de produtos para pets mais que dobrou o valor de suas exportações em seis anos: de US$ 71 milhões em 2005, quando foi estabelecido acordo com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), para US$ 155 milhões em 2010, sendo a maior parte desse valor representada pela venda de alimentos.

Neste ano, somente até outubro, as vendas ao exterior já renderam US$ 134 milhões. Há seis anos, apenas três países compravam produtos brasileiros para animais domésticos, hoje, são 53, principalmente da América do Sul. China e Rússia também são focos de crescimento.

Em contrapartida, as importações vêm caindo desde 1998. Naquele ano, entraram no País 13 mil toneladas de ração produzida fora. Até outubro deste ano, foram apenas três mil toneladas. “Não somos importadores de alimentos, mesmo as multinacionais que atuam no mercado brasileiro produzem aqui”, diz o diretor da Anfalpet.

Isso se explica pela grandeza do mercado nacional, que deve fechar o ano com 101 milhões de animais – o segundo maior em cães e gatos, e o quarto em animais de estimação em geral -, movimentando R$ 12,2 bilhões. O valor representa um crescimento de 10,9% em relação a 2010, com os alimentos respondendo por 69% do total.

Segundo o gerente de exportações da Total Alimentos, Ricardo Marcato, uma das dificuldades no mercado externo é a concorrência com fabricantes que investem pesadamente em marketing. Para driblar a dificuldade, a empresa opta por não concorrer na gôndola, mas fortalecer sua marca junto aos profissionais de saúde animal, pela publicação de artigos científicos, por exemplo, além de oferecer preços mais competitivos do que seus concorrentes.

O gerente de exportações da Guabi, Robson Fonseca, destaca uma grande vantagem das vendas internacionais. “O mix de produtos é muito melhor do que no mercado interno”, afirma. Segundo ele, no primeiro mundo, o consumo de rações premium e superpremium, as de maior valor agregado, chega a 60% do volume total, ante 8% no mercado brasileiro.

Segundo a Anfalpet, o setor que mais deve crescer nos próximos anos é o de acessórios. “As fabricantes nacionais de pet care [criar e cuidar] são principalmente familiares, então precisamos pôr ordem na casa, qualificando as empresas, para evitar que o mercado interno seja inundado de artigos chineses”, diz França.

Fonte: DCI (acessado em 20/12/2011)

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