Falta de insumos para exames de tuberculose em animais impacta o controle da doença

Secretaria de Defesa Agropecuária tem estimulado o setor privado a colocar no País laboratórios que produzam esses antígenos
Texto: Portal DBO (adaptado pela Comunicação CRMV-SP)
Foto: Adobe Stock

Com a falta de insumos para realização de exames de tuberculose em animais, pecuaristas de várias regiões do Brasil começam a enfrentar problemas. Daniella Bueno, presidente do Instituto de Defesa Agropecuária do Mato Grosso (Indea-MT), afirma que a falta de insumos representa um retrocesso para Mato Grosso.

“Estávamos em uma situação muito privilegiada em relação à tuberculose, já tínhamos começado a erradicação. Mas é impossível trabalhar com o programa, seja de controle ou de erradicação, se não tivermos os exames”, afirma Daniella.

Guilherme Marques, diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, concorda que a situação atrapalha o avanço das ações do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal, mas disse que o ministério terá como prioridade solucionar o problema o mais rápido possível.

“Já tivemos desabastecimento quatro, cinco anos atrás e conseguimos reverter a situação”, ressalta Marques, lembrando que não há problema em relação à saúde pública, já que não é exigido que o animal vá com exame para o frigorífico e as plantas têm fiscais treinados para reconhecer a manifestação da doença.

Na falta de insumos, o que podemos fazer é monitorar e oferecer educação sanitária ao produtor

(Daniella Bueno)

Estímulo ao aumento da produção

De acordo com Marques, a Secretaria de Defesa Agropecuária tem estimulado o setor privado a colocar no País laboratórios que produzam esses antígenos. O primeiro, da Ceva, está dependendo do atendimento a algumas exigências do Mapa para ser liberado, segundo o Departamento de Fiscalização de Insumos Pecuários (DFIP).

Nesse momento, Marques afirma que o trabalho consistirá em fomentar o aumento da produção no Instituto Biológico de São Paulo (IB) e estimular o setor privado a importar o produto de países vizinhos. “Mas não vamos abrir mão da qualidade. Queremos insumos do mesmo nível dos que eles comercializam no mercado interno deles”.

Fornecedores

O número de fornecedores precisará aumentar para haver maior concorrência e o produtor não ser tão onerado. “Mais uma vez fica claro que qualquer programa sanitário requer responsabilidade compartilhada, com o Estado desempenhando seu papel e o setor privado também”, enfatiza Marques.

De acordo com o diretor do Mapa, os fornecedores de insumos “precisam produzir não só os insumos economicamente interessantes para eles, mas também aqueles que permitam desenvolvimento ao pecuarista”.

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