Férias: rede hoteleira investe na modalidade pet friendly

Tutores devem avaliar as regras dos estabelecimentos com foco na saúde e no bem-estar animal
Texto: Comunicação CRMV-SP
Foto: Pixabay

No segmento de turismo, a opção de hospedagem para viajantes com seus animais de estimação já é uma realidade. No estado de São Paulo, por exemplo, a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo (Abih-SP) observa que o número de hotéis pet friendly cresce de forma acelerada nas cidades do interior.

Foi justamente na região interiorana, na cidade de Brotas, que a jornalista e estudante de Medicina Veterinária, Ana Catarina Flaquer, decidiu se hospedar com seu cãozinho, Chorão, um vira-lata, de aproximadamente seis anos, que ela resgatou.

Atualmente existem estabelecimentos com espaços específicos para a acomodação dos animais e há aqueles que permitem que fiquem no quarto com seus tutores, os quais se responsabilizam por todo o cuidado com os pets. Esta foi a opção escolhida por Ana. “Eu adorei. Agora só quero viajar se puder levar o Chorão.”

No entanto, conversando com hóspedes sobre viagens anteriores com os pets, Ana soube que nem sempre a viagem é tão positiva. “Percebi que muitos tiveram problemas e, embora a minha experiência tenha sido boa, passei a ser mais cautelosa em relação aos hotéis.”

Cuidados e exigências

De acordo com o médico-veterinário Thomas Faria Marzano, presidente da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais, do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), o tutor deve se certificar, primeiramente, sobre os cuidados de higiene e manutenção da limpeza dos ambientes, que devem ir além dos convencionais.

As exigências feitas pelo hotel para que o pet seja aceito também são fundamentais. “Deve ser exigido que o animal esteja em boa condição de saúde, com carteira de vacinação em dia, vermifugação e uso de antiparasitários para prevenção contra pulgas e carrapatos e, preferencialmente, com apresentação de exame de fezes”, diz o médico-veterinário.

 

Indispensável que o animal use coleira repelente para prevenção da Leishmaniose, cujos casos têm aumentado no interior do Estado

(Thomas Faria Marzano)

Bem-estar

Além dos cuidados no âmbito sanitário, há o fator bem-estar a ser avaliado. Neste quesito, a médica-veterinária Cristiane Schilbach Pizzutto, presidente da Comissão Técnica de Bem-Estar Animal, do CRMV-SP, é categórica. “Não basta estar com a questão sanitária em dia, é preciso pensar nas condições necessárias para o bem-estar do animal.”

Cristiane orienta que, antes de começar as pesquisas para a hospedagem, o tutor avalie se o pet tem um comportamento compatível com a viagem que se pretende fazer. Para animais muito agitados, medrosos ou que estranham ambientes diferentes, por exemplo, a viagem pode ser muito negativa, inclusive com possibilidade haver problemas de saúde.

Devem ser avaliadas limitações físicas, idade, sobrepeso, tolerância às condições climáticas, é preciso pensar no conforto do animal

(Cristiane Schilbach Pizzutto)

Prepare-se para recalcular a rota

Ana Catarina frisa que as famílias que optarem por levar seus animais para viajar devem ter ciência de que a qualquer momento podem surgir intercorrências ou limitações. “É preciso estar tranquilo para o caso de recalcular a rota e, por exemplo, deixar de participar de atividades que não incluam o pet ou nas quais ele não fique bem”, enfatiza.

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