O verão é o mais propício à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças, como dengue, zika e chikungunya. A combinação do calor com chuvas, favorece ao aumento da proliferação do mosquito e, consequentemente, do risco de infecção por essas doenças.
Por isso, a recomendação do Ministério da Saúde (MS) é não descuidar, mesmo no período de férias. É importante que a população verifique espaços dentro e fora de casa para eliminar todo e qualquer recipiente que possa acumular água e se transformar em criadouros do mosquito, como vasos de plantas, baldes e garrafas vazias.
A população deve ficar atenta, ainda, aos destinos onde vão passar as férias, e verificar quais cuidados devem ser tomados, como uso de repelentes e de roupas claras. As áreas com muita vegetação, por exemplo, estão propícias a ter grande circulação de mosquitos.
Há estados e municípios que têm maior recorrência de casos dessas doenças. Informações que podem ser consultadas nos boletins epidemiológicos e no Levantamento Rápido de índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), divulgados pelo Ministério da Saúde e pelas secretarias estaduais de Saúde.
Redobrar os cuidados
A recomendação do Ministério da Saúde é para que todos mantenham as ações para prevenir focos em qualquer época do ano. Por isso, a população deve ficar atenta e redobrar os cuidados para eliminar possíveis criadouros do mosquito. Essa é a principal forma de prevenção.
Quando o foco do mosquito Aedes Aegypti é detectado e não pode ser eliminado pelos moradores ou pela população, como em terrenos baldios ou lixos acumulados na rua, a Secretaria Municipal de Saúde deve ser acionada para remover os possíveis focos/criadouros.
Atitudes simples:
– mantenha portas e janelas fechadas ou teladas;
– use calça e camisa de manga comprida e com cores claras;
– use mosquiteiros que proporcionam boa proteção àqueles que dormem durante o dia (bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos).
– mantenha bem tampados tonéis, caixas e barris de água;
– lavar semanalmente com água e sabão tanques utilizados para armazenar água;
– manter caixas d’água bem fechadas;
– remover galhos e folhas de calhas;
– não deixar água acumulada sobre a laje;
– tenho o hábito de encher pratinhos de vasos com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana;
– troque a água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana;
– coloque o lixo em sacos plásticos, em lixeiras fechadas;
– feche bem e não deixe os sacos de lixo ao alcance de animais.
– mantenha garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo;
– acondicione pneus em locais cobertos;
– faça sempre a manutenção de piscinas;
– tampe ralos;
– coloque areia nos cacos de vidro de muros ou cimento;
– limpe sempre a bandeja do ar condicionado;
– evite água acumulada em folhas secas e tampinhas de garrafas, assim como recolha sacos plásticos e lixo do quintal.
– vasos sanitários externos também devem ser tampados e verificados semanalmente;
– lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem esticadas para não acumular água.
– inseticidas e repelentes ambientais também podem ser adotados no combate ao mosquito Aedes aegypti, desde que registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), lembrando que inseticidas “naturais” à base de citronela, andiroba e óleo de cravo, entre outros, não possuem comprovação de eficácia nem a aprovação pela Anvisa, até o momento.
Ações permanentes
As ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti são permanentes e tratadas como prioridade pelo Governo Federal. Desde a identificação do vírus zika no Brasil e sua associação com os casos de malformações neurológicas, o governo mobilizou órgãos federais (entre ministérios e entidades) para atuar, conjuntamente, além de contar com a participação dos governos estaduais e municipais na mobilização de combate ao vetor.
Todas as ações são gerenciadas e monitoradas pela Sala Nacional de coordenação e Controle para enfrentamento do Aedes, que atua em conjunto com o Ministério da Educação; da Integração, do Desenvolvimento Social; do Meio Ambiente; Defesa; Casa Civil e Presidência da República. O MS também oferece aos estados e municípios apoio técnico e fornecimento de insumos, como larvicidas para o combate ao vetor, além de veículos para realizar os fumacês, e testes diagnósticos, sempre que solicitado pelos gestores locais.