Final do ano requer atenção ao ímpeto de agradar pessoas com cães e gatos

Um bichinho de estimação, que sirva de companhia e alegre a casa. Parece um presente de Natal ideal, mas nem sempre funciona. O zootecnista e especialista em comportamento animal Alexandre Rossi, conhecido como Dr. Pet, destaca que antes de tomar essa iniciativa, é preciso ter certeza que a pessoa quer um animal de estimação. E nas festas de final de ano, ele recomenda alguns cuidados para os animais mais sensíveis aos rojões. Dr. Pet – nome de seu programa na Rede Record – esteve em Bauru ontem para ministrar a palestra “Como lidar com animais agressivos”, voltada a profissionais da área, como médicos veterinários e proprietários de casas agropecuárias e pet shops.

O evento foi promovido pelo portal Mania de Cão (www.maniadecao.com.br), que completa um ano de criação pela bauruense Luciana Farah. Durante a palestra, que durou cerca de 1h30 e teve espaço aberto para perguntas, Rossi deu dicas e explicou técnicas seguras para evitar acidentes sem agravar o quadro comportamental do animal. O evento foi realizado em auditório da Universidade Paulista (Unip).

Pouco antes da palestra, ele recebeu a imprensa, junto de sua famosa cachorrinha de estimação, Estopinha. Questionado sobre o fato de algumas pessoas presentearem amigos e familiares com bichos de estimação, Rossi recomendou cuidado. “O animal é um ser vivo. Não é um presente que se a pessoa não gostou, pode trocar ou deixar num canto. Ele requer cuidados, atenção e carinho”, explica. “Mesmo para uma criança, é uma responsabilidade muito grande. E o adulto deve estar ciente que vai ter que fazer boa parte do trabalho”, observa.

O especialista também orienta a não dar o animal se o presenteado está prestes a viajar. “A adaptação leva algum tempo e os primeiros dias são muito importantes. Por isso, prefira entregar o animal em uma sexta-feira, por exemplo, sabendo de antemão que a pessoa vai permanecer em casa no final de semana”, orienta.

Se for um presente para algum amigo, ele orienta a pessoa a estar alerta. “Tenha uma conversa franca e esteja preparado para receber o cão ou gato, por exemplo, de volta”, diz. Mesmo se o presente for de pai para filho, a recomendação é ter bastante cuidado. “Mesmo porque, no primeiro mês eles costumam dar mais trabalho”, pondera.

Festas

Outra preocupação no final de ano são os rojões. As tradicionais queimas de fogos podem causar sérios problemas aos animais, especialmente os cães, que ficam bastante estressados. O barulho provocado pelas explosões pode causar pânico nos animais, que chegam até a se machucar. Para evitar essas situações, Rossi orienta a acostumar o cão com barulho durante o ano. “Dá para ir expondo a barulhos mais baixos e ir aumentando, usando até gravações. Dessa forma, ele vai se acostumar”, aconselha.

Para quem não planejou a estratégia, ele recomenda procurar um médico veterinário que possa receitar um ansiolítico, medicamento que auxilia a diminuir a ansiedade e tensão. “Mas é preciso que ele seja administrado algum tempo antes, para que seja calculada a dosagem correta para o animal. Além disso, existe a possibilidade de um efeito paradoxal e o cão ficar ainda mais agitado”, explica.

Na hora dos fogos, o Dr. Pet recomenda manter o cachorro preso em algum lugar que ele conheça e tenha segurança. “Por isso, muitas vezes é melhor deixá-lo dentro de casa do que preso no quintal”, explica.

Fonte: Jornal da Cidade – Bauru (acessado em 23/11/09)

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