Há bem mais de uma década os cortes vêm sendo o “prato de sustentação” das exportações brasileiras de carne de frango
Em 2007, por exemplo (já que 2008 foi um ano anormal), corresponderam a quase 56% do volume total exportado e, geraram movimentação financeira que, coincidentemente, também correspondeu a 56% da receita cambial total do produto.
Essa situação começou a apresentar modificações no final de 2008, intensificando-se no decorrer de 2009. Tanto que, entre janeiro e setembro deste ano, o volume de cortes exportados representou não mais que 51,39% do total exportado, contra 53,33% no mesmo período de 2008. Maior, porém, foi a perda da receita cambial, que recuou 25,6% neste ano e fez com que os cortes passassem a representar menos da metade (49,69%) da receita total obtida com a exportação de carne de frango.
Porém, o que mais pesou nessa perda de receita não foi o volume exportado (que caiu 7,6%), mas o preço médio pago pelo produto, que recuou 19,5%, fazendo com que nos nove primeiros meses de 2009 o preço médio dos cortes de frango ficasse apenas 11,5% acima do preço médio do frango inteiro (inteiro: US$1,353 mil/t; cortes: US$1,509 mil/t). Em 2007 (12 meses), os cortes tiveram um preço médio 22% superior ao do frango inteiro.Abaixo, o quadro de exportações (estaduais, regionais e nacional) de cortes de frango no período janeiro-setembro de 2009.
Fonte: Portal do agronegócio (acessado em 29/10/09)