Quase 200 cabeças de gado morreram, na última semana, em propriedades de municípios do oeste de São Paulo. As causas ainda são desconhecidas. O pasto virou um cenário de morte. É um mistério para o criador Basílio Guímaro, que tem a propriedade há anos e nunca tinha visto algo assim. Em apenas dez dias, 30 dos 45 animais do sítio morreram. “Na segunda-feira, cheguei aqui e já tinha cinco caídas. Na terça-feira, tinha mais 15, e na quarta-feira, o restante completou 30 cabeças”, conta seu Basílio.
Para tentar descobrir as causas das mortes, foram feitos exames de sangue dos animais, que não apresentaram problemas. “Existe a coincidência de chuvas na região com queda de granizo, que podem também ter acometido os animais, pois eles já vêm de um pastejo deficiente devido à longa estiagem de chuva. Pode ser um fator que tenha agravado ou desencadeado qualquer tipo de problema. Ainda fica aberta a suspeita clínica e nós estamos esperando o laudo necroscópico”, explicou o veterinário da Secretaria da Agricultura de São Paulo Leonardo Martins.
Perder o gado significa um prejuízo de mais de R$ 30 mil. Mas não é só isso. Seu Basílio não esconde a tristeza ao ver o sofrimento do animal. O touro, que há cinco dias está deitado, foi o único animal que ainda está vivo com sintoma parecido com os dos que morreram na propriedade. Ele não tem força para se levantar. O tratamento é à base de medicamentos e muito soro.
Até agora, foram registradas oficialmente as mortes de 199 animais em quatro cidades do Pontal do Paranapanema. De acordo com a Defesa Agropecuária de Presidente Venceslau, um especialista em criação de bois deve visitar a região para examinar os animais doentes.
Fonte: Beef World (acessado em 06/10/10)