Gerente do Programa Estadual de Sanidade de Suídeos divulga nota técnica sobre a gripe suína

NOTA TÉCNICA
 
– Gripe Suína –

A
Gripe Suína nos SUINOS

A Gripe Suína, também conhecida
por gripe dos leitões ou influenza suína, é uma doença infecciosa aguda do
sistema respiratório que cursa com alta morbidade e baixa mortalidade (menor
de 2 %). Está amplamente disseminada em granjas da Europa Central e América
do Norte. O subtipo que classicamente infecta os suínos é o vírus H1N1, porém
pode ser infectado pelo H3N2 humano, causando infecções mais leves. O H1N1
pode também ser encontrado no homem, cavalo e em algumas espécies de aves.
Nos países onde a gripe suína é endêmica a doença afeta os rebanhos principalmente
no outono, inverno e início da primavera. A doença tende a ocorrer em
epizootias, com intervalos anuais. O vírus, quando sozinho no suíno, causa
apenas doença respiratória benigna, mas pode agir sinergicamente com outros
agentes bacterianos ou virais causando uma forma de síndrome infecciosa.
Sabe-se que o vírus da influenza circula nos animais, onde sofrem rearranjos
e recombinações genéticas, e a partir deles podem infectar os seres humanos.
No Brasil não há indícios que essa doença afete os rebanhos.

Gripe
Suína X Gripe “Norte Americana”

O vírus que está causando este
surto de enfermidade respiratória no México e Estados Unidos trata-se de um
vírus atípico, ou recombinante, que tem características genéticas em seus
componentes dos vírus que afetam suínos, aves e humanos. As informações dos
casos de gripe na América do Norte não indicam, até o presente momento, que
foram originados de surtos de gripe nos suínos e não há evidências que a cepa
presente nos humanos está presente nos suínos no México ou em qualquer outra
parte do mundo. A transmissão registrada nos surtos foi de pessoa a pessoa.
Em nota, a Organização Mundial de Epizootias (OIE), sugere um nome diferente
para esta doença, regionalizado, como já aconteceu no passado com o caso da Gripe
Espanhola, sendo indicada à denominação de “Influenza Norte-Americana”.
A denominação de influenza ou gripe suína pode ter efeitos devastadores sobre
o consumo da carne de suínos. Esta carne continua sendo um produto seguro e
saudável, e que não representa nenhum risco a saúde da população, uma vez que
o vírus da influenza não se mantém viável em tecidos e é destruído facilmente
por qualquer método de cozimento ou cura. No momento não se faz necessários à
introdução de medidas específicas para controle na produção, trânsito e
comércio de suínos vivos e seus produtos, considerando que não há risco de
infecção para as pessoas que trabalham diretamente com estes animais e para
seus consumidores. A Coordenadoria de Defesa Agropecuária, da Secretaria de
Agricultura e Abastecimento de São Paulo, está atenta a qualquer
eventualidade e em vigilância, ressaltando ao setor produtivo e aos
consumidores um estado de segurança e tranqüilidade a ser considerado
atualmente.

Campinas,
28 de abril de 2009.

Méd Vet.
Luís Guilherme de Oliveira
Gerente do Programa Estadual de Sanidade de Suídeos
– CEDESA

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