Governo confirma quatro casos de gripe suína no Brasil

O ministro da Saúde, José Gomes
Temporão, confirmou na noite desta quinta-feira quatro casos de gripe suína
–a gripe A (H1N1)– no Brasil. Há casos em três Estados: São
Paulo (2), Rio (1) e Minas (1). Os pacientes são adultos e passam bem,
afirmou o ministro. Todos contraíram a doença no exterior –três estiveram no
México e um, nos Estados Unidos. O Brasil tem outros 15 casos suspeitos.
Três dos quatro pacientes já receberam alta médica. Temporão afirma que
nenhum deles oferece risco de contaminar outras pessoas.
Para o ministro, a confirmação da doença não muda a estratégia do Brasil para
se prevenir contra a gripe suína, já que todas as medidas preventivas foram
tomadas com antecedência. Ele afirma que a população deve evitar a
automedicação. "Todos os casos são importados, e o vírus não circula no
Brasil", afirmou.
Em São Paulo,
um dos casos confirmados é de um rapaz de 24 anos que esteve no México entre
os dias 17 e 22 de abril. Ele apresentou os sintomas no dia 24 e ficou internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas
por dez dias, informou a Secretaria Estadual da Saúde.
O outro paciente de São Paulo, um homem de 48 anos, esteve nos Estados Unidos
entre os dias 19 e 28 de abril. Ele apresentou os sintomas no dia 29 e também
foi atendido no Emílio Ribas, onde foi medicado e mantido sob monitoramento.
De acordo com o ministério, ele não ficou internado, e nenhum dos familiares
manifestou sintomas da doença.
Em Minas, o paciente –que esteve no México entre os dias 22 e 27 de abril–
também já teve alta. Ele começou a manifestar os sintomas dia 26 e foi
internado quando chegou ao Brasil. Ele recebeu alta no dia 29 e permaneceu em
isolamento domiciliar até quarta-feira (6).
Apenas o paciente cujo caso foi confirmado no Rio continua internado. De
acordo com Temporão, ele retornou do México no último dia 3, está internado
desde terça-feira (5) e passa bem. Um outro paciente
que também está internado no isolamento do Hospital Universitário Clementino
Fraga Filho, ligado à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), teve
contato com o jovem de 21 anos que teve diagnóstico confirmado para a gripe
suína.
Segundo o ministro, outros 15 casos suspeitos da doença ainda são analisados
no país. Os exames laboratoriais que confirmam ou descartam a contaminação
pela doença podem sair nesta sexta-feira. Outros 93 casos foram descartados.
Os kits para realização de exames laboratoriais que diagnosticam a gripe
suína chegaram na noite de quarta-feira ao Brasil.
Eles permitem o diagnóstico em 72 horas, e o resultado saiu antes do previsto
nos quatro casos confirmados hoje.
"Vamos continuar fazendo o mesmo trabalho, só que agora com uma arma muito
importante, porque temos um reagente pronto para fazer o diagnóstico",
disse Temporão. O ministro afirma que o Brasil tem material para tratar
12.500 pessoas e matéria-prima para remédios para mais 9
milhões.

Mundo
A OMS (Organização Mundial da Saúde) advertiu nesta quinta-feira que o vírus
da gripe suína continua se espalhando pelo mundo e que uma estimativa
"razoável" é que chegue a infectar um terço da população mundial.
O balanço mais recente da organização aponta 2.371 casos da doença em 24 países.
O relatório, divulgado às 15h não inclui os quatro casos confirmados no
Brasil.
Segundo o balanço da OMS, a gripe causou 44 mortes –42 no México e duas nos
Estados Unidos. Apesar do aumento de 29 para 42 mortes no México, que havia
sido informado na quarta-feira, o governo mexicano afirmou que o pior da
epidemia de gripe suína já passou e baixou o alerta nesta quinta, permitindo
a reabertura de estádios, bares e prédios públicos.
O nível de alerta pela gripe suína permanece no nível 5,
que indica uma pandemia iminente. A contenção da transmissão do vírus, que,
segundo a OMS, permanece restrita à América do Norte, levou a OMS a rejeitar
elevar o alerta para o nível máximo, seis.

Classificações

São consideradas suspeitas de ter a doença pessoas que tiverem febre alta
repentina (acima de 38ºC) e tosse. Também podem estar acompanhadas de dor de
cabeça, dores musculares e nas articulações ou dificuldade respiratória.
Além disso, o paciente deve ter apresentado os sintomas até dez dias depois
de sair de países que reportaram casos pela influenza A (H1N1) ou ter tido
contato próximo, nos últimos dez dias, com uma pessoa classificada como caso
suspeito de contaminação.
São monitoradas pessoas que chegaram de países afetados, com febre não medida
e tosse. De acordo com o ministério, o paciente também pode apresentar um dos
sintomas apontados na definição de caso suspeito.
Também são monitorados viajantes procedentes de voos
internacionais, nos últimos dias, de países não afetados pela doença e que
apresentaram sintomas conforme definição de caso suspeito.

Fonte:
Folha Online, acesso em 08/05/2009

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