A lista de fatores de
risco para a gripe suína está sob revisão. Especialistas de vários países,
incluindo do Brasil, analisam o real impacto de características específicas e
problemas de saúde preexistentes para o agravamento da doença. O esforço se
explica pelas estatísticas até agora. No País, dos 222 casos de gripe suína
com maior gravidade, somente 33,7% apresentam fatores de alerta. A maior
parte dos pacientes graves atendidos no Brasil (pelo menos 66,3%) não tinha
nenhuma doença pré-existente, não era idoso, gestante ou criança.
“De acordo com os resultados do trabalho, fatores podem ser incluídos, outros
descartados”, antecipa o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério
da Saúde, Eduardo Hage. A primeira análise mais
detalhada sobre casos graves e fatores de risco é esperada para quarta-feira.
O diretor conta que a lista que hoje é usada por autoridades sanitárias foi
feita com base no histórico de complicações de gripe comum e na experiência
colhida nos primeiros casos da Influenza A (H1N1). “É natural que ajustes
sejam feitos. Mas isso não significa que a lista atual será invalidada.” Uma
mudança já foi sentida: obesidade mórbida foi incorporada aos fatores de
risco há algumas semanas.
O gerente de vigilância em saúde, prevenção e controle de doenças da
Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, adverte que a
lista de fatores de risco não pode ser considerada como algo definitivo e
excludente. E conta que, das mortes registradas no mundo até agora, 30%
ocorreram num grupo de adultos jovens sadios.
Fonte: Agrolink,
acesso em 27/07/2009